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“Investir fora do País diversifica investimentos”, afirma especialista

A estabilidade econômica e política pode ser uma aliada de quem planeja a longo prazo. Levar recursos para o exterior é uma possibilidade interessante, de acordo com Leonardo Ces, CEO da IBBRA Full Family Office. Os chamados investimentos off shore, ou seja, fora dos limites do Brasil, devem ser considerados para operações de longo prazo. Mas é preciso orientação especializada para garantir rentabilidade e segurança.

 

A IBBRA atua para auxiliar no planejamento financeiro das famílias. A consultoria passa por educação financeira, aconselhamento em investimentos e assessoria jurídica. Não colocar os ovos na mesma cesta, um mandamento bastante difundido do mercado financeiro, casa perfeitamente com a ideia de levar recursos para outros países.

 

“São investimentos muito parecidos com o do Brasil, com uma nomenclatura um pouco diferente. A diferença é que você vai fazer os mesmos investimentos em outros países e outras moedas, para diversificar o risco do país”, explica Leonardo Ces.

 

Mercados como a Europa e os Estados Unidos tem uma consolidação maior do que o Brasil. Embora a troca de governos seja uma realidade praticamente universal, a política brasileira acaba influenciando em trocas bruscas na economia e provocando insegurança jurídica.

 

Investimentos em imóveis, aplicações financeiras, mercado de capitais e outras modalidades são importantes para compor um planejamento financeiro. O investidor precisa ficar atento para entender, de fato, cada uma das modalidades. Levando em conta a expertise, ou não, dos assessorados, é possível chegar a fórmulas ideais para cada caso.

 

“Não adianta eu dizer para uma família que construiu patrimônio com imóveis que ele tem que se desfazer de todas as propriedades. É preciso diversificar, mas dentro de uma lógica. Do mesmo jeito também a gente fala para não pôr todos os ovos na mesma cesta, a gente fala que quem diversifica demais não sabe o que faz”, explica Ces.

 

Perfis
O planejamento para uma aposentadoria tranquila é fundamental para profissionais de todos os segmentos. No longo prazo, investimentos seguros, em países estáveis, ou até mesmo imóveis, são indicados para os profissionais liberais, por não possuírem empresas para reinvestir os rendimentos. Cada um dos públicos precisa pensar de acordo com a própria realidade financeira.

 

“O empresário, por exemplo, precisa reinvestir o dinheiro dele no próprio negócio, porque é daquilo que ele entende. O autônomo tem um perfil que trabalha exaustivamente com as próprias mãos e sabe que, se não se organizar financeiramente, pode ter prejuízo. Investimentos fora do País são recomendados para ambos os casos”, explica.

 

Por se tratar de uma remessa financeira que sai do Brasil e é resgatada, o offshore precisa ser pensado no longo prazo. Gastos como câmbio, Imposto sobre Operação Financeira (IOF) e imposto de renda precisam ser levados em conta.

 

Por fim, uma das vantagens de se investir fora do País é a liberdade econômica que outros lugares possuem em relação aos brasileiros. “Em uma plataforma de Londres, eu posso aplicar dinheiro na Turquia, no Japão, nos Estados Unidos e em outros países. O Brasil tem uma estrutura de investimento muito fechada”, finaliza.

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