Redação GPS Não é de hoje que o Brasil tem um perfil empreendedor, em 2021, **o país ocupava o quinto lugar no ranking global na taxa de empreendedorismo**. E, apesar do grande espaço que o tema tem ocupado ao longo dos últimos anos, recentemente uma de suas importantes vertentes, o intraempreendedorismo, tornou-se assunto de curiosidade em todo mundo.
O comportamento empreendedor dentro de organizações e empresas: o intraempreendedorismo, mesmo preenchendo um significativo espaço nos portais de busca, tem se desenvolvido vagarosamente. Um estudo recente divulgado pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor), revelou que **menos de 1% dos funcionários de organizações atuam como intraempreendedores no Brasil**, índice considerado muito baixo se comparado a países como o Reino Unido, por exemplo, com 8%.
Para grandes empresas e executivos como **Fernando Cavalcanti, vice-presidente do Nelson Wilians Advogados e sócio do NWGroup**, grupo especialista em soluções empresariais, tributárias e financeiras, a implementação de ações intraempreendedoras é prioridade. “**_É uma das principais ferramentas para o crescimento de uma organização**, não há dúvidas de sua importância para uma empresa_”, afirma.
A prática tem o objetivo de ampliar as competências dos profissionais para além de sua formação técnica. “_Implantar em sua organização é investir e valorizar o seu time_”, comenta Cavalcanti. “_Quem conhece a minha história sabe o quanto o intraempreendedorismo foi importante para o meu desenvolvimento profissional. Fui de parceiro institucional à vice-presidência_”, vibra.
O executivo relembra sua trajetória, enfatizando a principal essência da prática. “_Quando iniciei meu ciclo profissional dentro do NWADV, não possuía diploma ainda. Eu me formei enquanto estava lá dentro e, **hoje, como vice-presidente administro mais de 50 unidades em todo Brasil**. E é essa cultura que eu quero levar adiante como exemplo, mostrar que o profissional é muito mais do que o diploma ou ausência dele_”, enfatiza.
Frente ao amadurecimento do cenário intraempreendedor no país, diversas são as causas que fazem com que esse ecossistema inovador se desenvolva de forma lenta. “_Muitas empresas possuem culturas enraizadas, **mudá-las nem sempre é fácil**. Mas, para sobreviver a esse novo ecossistema é preciso dar o primeiro passo, como a atenção em promover o diálogo e receptividade aos colaboradores. É preciso começar!_”, orienta o executivo.
O comprometimento de todas as partes, **como a alta diretoria, líderes de equipes e colaboradores são pilares de extrema relevância** para desenvolvimento da prática que surge também como uma aliada estratégica para o crescimento saudável da organização. “_O interesse e compromisso precisam ser mútuos, para que o resultado seja positivo não só para a empresa, mas para todos os envolvidos no processo_”, explica Cavalcanti.
O estímulo à proatividade e criatividade são duas das **principais características do intraempreendedorismo**, que se mostram como propulsores para o desenvolvimento de novas ideias. Segundo o vice-presidente, dentro do NWGroup, muitas das soluções hoje ofertadas foram desenvolvidas e implementadas por profissionais que integram a organização.
>“São ações que, além de auxiliar no desenvolvimento profissional do time, criam um ambiente aberto à discussão e troca de soluções para impasses internos ou externos. E é assim que temos trabalhado dentro do NWGroup, onde lapidamos constantemente as soluções ofertadas. São processos primordiais também para a criação de vantagens competitivas e criação de um ecossistema inovador dentro da empresa”, enfatiza.
Promover a prática intraempreendedora já faz parte da cultura de alguns grandes players como o Google, por exemplo. E, agora, ela vem **tomando espaço em outras empresas**, mesmo que morosamente. “_A cultura da inovação é a base para o crescimento sustentável, precisamos adotar e incentivar práticas que a norteiam para estimular o engajamento e proporcionar, ao mesmo tempo, o sentimento de pertencimento dentro das empresas. São novas ideias que solucionam e transformam_”, conclui.
