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Influenciadoras de Brasília são presas em operação contra tráfico de drogas

Quadrilha usava redes sociais para divulgar e vender óleo de cannabis
As influencers de Brasília que foram presas faziam apologia a maconha com frequência em suas redes socais | Foto: Reprodução/ Instagram
As influencers de Brasília que foram presas faziam apologia a maconha com frequência em suas redes socais | Foto: Reprodução/ Instagram

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A Polícia Civil do Distrito Federal em parceria com a Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma operação que prendeu integrantes de uma quadrilha que comandava um esquema de importação de óleo de cannabis e venda de cigarros eletrônicos para o consumo da droga. Os líderes da organização criminosa contratavam influenciadores digitais para divulgar e vender os entorpecentes. A operação foi batizada de “Refil Verde” e promovida pela Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), do DF. Três influencers de Brasília foram presas nesta quarta-feira (24). Ao todo estão sendo cumpridos nove mandados de prisão e 12 de busca e apreensão.

De acordo com as investigações, a quadrilha usava contas bancárias de terceiros, empresas fantasmas, documentos falsos, aplicavam tecnologia para burlar a segurança de aplicativos bancários para operar um complexo sistema de lavagem de dinheiro proveniente do mercado ilícito de drogas. O bando é investigado por lavagem de dinheiro, tráfico internacional de drogas e crimes contra a saúde pública. 

A organização criminosa importava o óleo dos Estados Unidos. O insumo, em grande quantidade, entrava no Brasil pelo Paraguai em potes de ceras de depilação. Em São Paulo, parte do bando manipulava as drogas, misturado a solventes e aromatizantes, envasando em refis de cigarros eletrônicos, frascos de medicamentos e outros suportes.

Os criminosos mantinham páginas na internet e contas em redes sociais para o comércio dos produtos, informando que estavam vendendo remédios para diversos tipos de doenças. Nesses meios de comércio eletrônico utilizavam-se de números internacionais para o contato com os clientes.

As investigações indicaram que profissionais de tecnologia do Rio de Janeiro foram os responsáveis pela construção das plataformas de comércio eletrônico do bando, colaborando com a lavagem de dinheiro a partir da automatização dos pagamentos e utilização de documentos e dados falsos no contato com a rede bancária.

A quadrilha ainda firmou contratos com influenciadores digitais de diversas partes do país para realizar a divulgação dos produtos comercializados pela organização criminosa. As três influenciadoras do DF que são suspeitas de envolvimento com o esquema já foram presas. Tratam-se de Rhaynara Didoff, Letícia Susane Correia Castro e Elisa de Araújo Marden.

Entre os itens apreendidos estão caderno de anotações e balança de precisão | Foto: Divulgação/ PCDF
Entre os itens apreendidos estão caderno de anotações e balança de precisão | Foto: Divulgação/ PCDF

Líderes da quadrilha são presos em São Paulo

De acordo com a PCDF, os líderes do grupo estavam sediados no interior do estado de São Paulo e não tinham contato direto com as drogas. O material era remetido a traficantes e usuários por meio de contrato com uma empresa privada e postadas pelos Correios. Eles operavam o mercado ilícito remotamente e com várias camadas de proteção para evitar que a identidade do bando fosse descoberta.

O esquema criminoso obteve lucros milionários, que ainda são contabilizados pelos investigadores. As ações do bando estavam em expansão, segundo a Polícia Civil. Havia redes de contatos em diversos países e websites e redes sociais reservas, para o caso de queda de algum recurso em virtude de ação policial.

A operação, que contou com técnicas especiais de investigação e a colaboração do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), conseguiu identificar nove integrantes do grupo criminoso. Os investigadores pediram à Justiça o bloqueio de contas bancárias de pessoas jurídicas e físicas e a apreensão de bens.

 

*Com informações do Portal do Governo de São Paulo

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