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Inclusão de imigrantes e refugiados leva São Sebastião ao Vale do Silício

Responsável por mapear, identificar problemas e propor políticas públicas de melhoria da **qualidade de vida de estrangeiros e refugiados residentes em São Sebastião**, o programa **ImigraSS** levou a região administrativa ao Vale do Silício. De 5 a 11 de novembro, uma comitiva de nove servidores do Governo do Distrito Federal (GDF) faz uma imersão no polo onde estão as principais empresas e startups de tecnologia do mundo, nos Estados Unidos.

A viagem – que tem status de missão com palestras e visitas técnicas, e não se designa como um passeio – é a gratificação do **Prêmio Cidade Empreendedora, onde o ImigraSS levou o 1º lugar geral e o 1º lugar na categoria Inclusão Produtiva**. A ação foi elaborada e desenvolvida pela Administração Regional de São Sebastião.

“_Levamos representantes de todas as categorias do prêmio para que eles possam aprender durante esta semana de imersão e trazer esses ensinamentos para serem aplicados aqui no Distrito Federal_”, afirma a **diretora técnica do Sebrae-DF, Rose Rainha**. Gerente de Estratégia e Políticas Públicas da instituição, Jorge Adriano Soares da Silva destaca o potencial humano e a estrutura oferecida por Brasília. “_Nós temos bons empreendedores e todas as demais condições de fazer Brasília se tornar um polo de empreendedorismo e inovação_”.

A ideia de traçar um perfil das pessoas que deixaram seus países e fixaram residência em São Sebastião surgiu logo no começo da gestão, em 2019. Recém-empossado no cargo, o então administrador Ala Valim pediu à equipe um relatório com os principais desafios dos 100 primeiros dias de governo e o que a **administração regional** poderia fazer para resolvê-los.

Uma das principais questões apontadas pelo documento foi a **grande quantidade de imigrantes e refugiados venezuelanos vivendo na cidade** – o que, em segundo momento, se mostrou bem maior com a presença também de pessoas de outras nacionalidades, como haitianos, nigerianos e colombianos.

Iniciou-se ali um trabalho de campo com visitas às entidades que faziam esse **acolhimento** e em busca de tratativas para proporcionar o mínimo de dignidade a esses cidadãos – além de entender os impactos que isso traria a rede de **serviços públicos** de São Sebastião.

“_Importante ressaltar a alta vulnerabilidade dessas pessoas que estavam sem documentos, recursos financeiros, família, amigos, vestuário e, longe de suas pátrias, ainda enfrentam a barreira do idioma e de outras problemas inerentes às suas situações de imigrante e/ou refugiado_”, explica o ex-administrador Valim.

Tratativas foram realizadas com a **Organização das Nações Unidas (ONU)**, por meio da Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Ministério dos Direitos Humanos, Sesc, Senai, Universidade de Brasília (UnB), Associação Comercial de São Sebastião, Embaixada da Venezuela, Cáritas e Associação de Pastores.

A partir daí foram instituídas políticas públicas de **inclusão** desses estrangeiros com a disponibilização de vagas de emprego, cursos profissionalizantes, aulas de português, cestas básicas e convênio com a embaixada para acolhimento e emissão de documentos. Já a Administração Regional de São Sebastião foi a primeira do DF a emitir **autorização para empreendedores de rua estrangeiros**, situação até então impossibilitada.

“_Esse é mais um reconhecimento do trabalho social desenvolvido pela Administração Regional de São Sebastião_”, diz o administrador regional Ataliba Rodrigues.

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