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“Impossível votar sem uma discussão maior”, diz Izalci sobre a reforma tributária no Senado

O senador Izalci Lucas (PL-DF) defendeu, nesta terça-feira (1º), que seja retirado o regime de urgência da tramitação da reforma tributária no Senado Federal. Segundo o congressista, o argumento é de pelo fato da grande complexidade do tema, que já acumula cerca de 1,2 mil emendas a serem analisadas antes da votação. 

“A reforma já foi votada na Câmara, agora está no Senado. Evidentemente que está em regime de urgência, mas é impossível votar essa matéria sem uma discussão maior. Por isso, estamos fazendo reuniões na Comissão de Assuntos Econômicos, serão 21 reuniões. Temos muitas demandas, [pois] são 1,2 mil emendas a serem analisadas. É um projeto que afeta a vida de todo mundo, de todo contribuinte”, declarou o parlamentar.

Izalci foi o convidado para palestrar sobre o tema durante o almoço-debate do Lide Brasília, grupo que reúne os principais empresários da capital federal e que é presidido pelo ex-senador Paulo Octávio (PSD-DF), o qual concordou com o ponto de vista do congressista.

“É  um assunto importante que vai mudar o Brasil e vai incentivar novos empregos e novas empresas. Ele tem que ser discutido com intensidade. Não adianta pressa para depois criar um monstrengo que ninguém entende e que não vai ajudar, porque nós queremos mais, nós queremos gerar empregos, queremos crescer o país. O Brasil não pode crescer 2% ao ano, o Brasil tem que crescer 5%, 6%, como já cresceu. Nós tivemos décadas em que o Brasil cresceu 8%, então é inacreditável que hoje o nosso crescimento é um crescimento tão pequeno, se comparado a todas as economias do mundo. Isso é muito ruim. Eu não aceito um Brasil com esse potencial. Nós temos que mudar esse patamar”, disse Paulo Octávio.

Também presente no evento realizado na casa de Fernando Cavalcanti, vice-presidente do NWGroup, o governador Ibaneis Rocha (MDB) reforçou a importância da discussão da matéria, que ainda será votada pelo Senado Federal. 

“Nós temos uma preocupação muito grande com essa questão da reforma tributária, uma vez que as matérias que a gente tem visto e o que a gente tem acompanhado da legislação que está surgindo apontam que o Brasil terá uma das maiores cargas tributárias do mundo. Isso vai penalizar muito, diversas áreas da economia brasileira. Eu tenho acompanhado muito a área de serviço, eu sou da advocacia, a gente vai ter quase uma dobra no valor da nossa tributação e de vários outros setores, o que tem revelado uma grande preocupação com o que está tramitando no Senado Federal nos dias de hoje. Então é um debate muito importante”, disse o emedebista. 

Segundo o chefe do Executivo, o Governo do Distrito Federal (GDF) faz o acompanhamento através da Secretaria de Economia e da Procuradoria do Distrito Federal para poder contribuir com o debate e não deixar que a população, em especial a mais carente, seja mais penalizada.

“Eu sou totalmente contrário a esse pedido de urgência, eu acho que nós já passamos mais de 30 anos discutindo reforma tributária, conseguimos avançar em alguns pontos. Nós temos que ter uma atenção a esse chamado que está sendo feito por todos os setores da economia para que a gente não tenha uma situação reversa daquilo que foi proposto e que é um avanço para o país”, continuou o governador.

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