Impacto da IA no sistema tributário foi um dos assuntos do Fórum Brasil

Fotos: Vanessa Castro

Nesta quarta-feira (13), durante o primeiro Fórum Brasil, em Brasília, lideranças políticas e empresariais discutiram como a inovação e a inteligência artificial podem impulsionar a economia nacional, especialmente no setor tributário. O painel sobre o estímulo à inovação destacou que a IA tem o potencial de integrar sistemas como os setores fiscal e bancário, além de contribuir para a eficiência e segurança jurídica no ambiente de negócios.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da Reforma Tributária no Senado, ressaltou que o Brasil já possui uma infraestrutura robusta e moderna, que, segundo ele, pode ser beneficiada pela implementação regulada de tecnologias de IA. “O Brasil tem um dos sistemas bancários mais eficientes do mundo e um comércio com uma das notas fiscais eletrônicas mais modernas do mundo. A inteligência artificial é uma ferramenta essencial neste contexto e certamente vai contribuir e fazer parte do sistema tributário do Brasil, mas é necessário que ela seja regulamentada e fiscalizada para não violar direitos sociais do cidadão,” afirmou Braga.

O encontro, que é promovido pelo Lide Brasília, em parceria com a Brasil 247 e o Lide Brasil tem apoio do Banco de Brasília (BRB), e reuniu representantes de gigantes da tecnologia, como Diego Barreto, presidente do iFood no Brasil, e Marcelo Lacerda, diretor de relações institucionais do Google. Em suas falas, ambos trouxeram perspectivas do setor privado sobre o uso da IA para inovação e eficiência nos negócios e na economia.

“Não dá pra imaginar o mundo daqui pra frente sem o uso de tecnologias como as inteligências artificiais. A ferramenta hoje é essencial no funcionamento e principalmente no sistema de predição do meu negócio e de praticamente todo o comércio nos mais variados seguimentos,” comentou Diego Barreto.

Marcelo Lacerda, do Google, reforçou a importância de um marco regulatório moderno para a IA, que equilibre inovação e proteção de direitos. “O Brasil tem um público exigente, criativo e capaz de manusear ferramentas de tecnologia, o Google é prova disso, mas é fundamental a existência de critérios legais para utilização”, comentou Lacerda, enfatizando a necessidade de regulamentações que permitam o avanço da tecnologia sem comprometer direitos fundamentais.

Além do incentivo à inovação, o Fórum Brasil também abordou temas cruciais como segurança jurídica e a própria regulação da inteligência artificial, aspectos defendidos pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Ambos participaram de painéis específicos sobre esses tópicos.

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