Caio Barbieri A Igreja Messiânica Mundial do Brasil comemorou, na noite desta segunda-feira (23), o dia do nascimento do fundador da religião, Mokiti Okada (1882—1955), conhecido pelos fiéis como Meishu-Sama (Senhor da Luz, em tradução livre).
Durante um tradicional culto, a sede da área do Distrito Federal, localizada na EQN 315/16, reuniu seus seguidores em homenagem emocionante ao criador da igreja surgida no Japão, mas atualmente difundida em todas as partes do mundo.
A filosofia oriental é conhecida por realizar o Johrei, uma oração em ação, além de cultuar os ancestrais como uma maneira de expressar a gratidão pela vida atual. Por isso, congrega seguidores em todo o Brasil, incluindo Brasília.
Os messiânicos também defendem a valorização das artes e de uma alimentação consciente para manter sintonia e harmonia com o universo.
Além do 2 de novembro, Dia dos Finados, o 23 de dezembro é considerado um dos mais importantes para a religião. O objetivo da filosofia é despertar, dentre outras questões, a importância da gratidão, da fé e do “amor ao próximo” como fundamentais para a existência atual e semear uma atmosfera de altruísmo para as próximas gerações.
O reverendo Sandro Vieira, responsável pela igreja em toda a Região Centro-Oeste, afirmou que o Natalício do fundador Mokiti Okada não é celebrado em substituição ao Natal do dia 25 de dezembro, data do nascimento de Jesus Cristo.
Todos os líderes religiosos chegaram em algum momento da humanidade. Todos são necessários, mas cada qual segue o caminho que foi traçado pelo Supremo Deus e eles precisam respeitar essas trajetórias, serem obedientes ao Supremo Deus e cumpri-las. E a Meishu-Sama foi dada a missão de concretizar, construir esse tão sonhado paraíso”, disse durante o culto.
O missionário também lembrou que o termo “construir” não remete a algo físico, mas a uma forma de lembrar que cada um deve melhorar dentro de si seus sentimentos para que, só então, essa energia possa ser refletida em todos os ambientes por onde cada seguidor estiver.
A nossa missão como messiânicos não é aguardar o paraíso, não é esperar o paraíso. A nossa missão é construir esse paraíso. E como se dá isso? Ela começa dentro da nossa alma, e a expansão dessa forma etérea é que vai se concretizar na transformação do ambiente em nossa volta e na vida de cada um de nós”, explicou.
Reverendo Sandro realiza o Johrei, oração em ação dos messiânicos | Foto: GPS|Brasília
Filosofia
Além do Natalício de Mokiti Okada, a Igreja Messiânica também convoca os fiéis, especialmente, para o dia 15 de junho, data quando comemoram o “Dia do Paraíso Terrestre”. Na crença da filosofia, foi o momento quando o fundador recebeu a mensagem sobre a importância da criação da nova religião.
Na programação dos messiânicos, consta ainda que, uma vez a cada 30 dias, os templos devem realizar um culto mensal de gratidão, por todo o período passado, como forma de agradecer a Deus pelas conquistas pessoais e de familiares.
Além de lembrar e homenagear aqueles que já se foram, a Igreja Messiânica prega a alimentação natural – como forma de fortalecer o corpo -, a valorização do belo – caracterizado por todas expressões artísticas e, principalmente, pela Ikebana, arranjos florais de origem oriental.
O Johrei – oração criada pela filosofia e que é feita apenas por missionários – é reconhecido como a principal maneira de, através da meditação profunda, auxiliar na melhoria da saúde individual e da boa atmosfera para quem recebe e aplica a prática oriental.
