Henrique Neri O mercado financeiro brasileiro teve um dia de recuperação nesta quinta-feira (26). O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), subiu 0,99% e fechou aos 137.113 pontos, praticamente zerando a perda do dia anterior. Já o dólar caiu 1,02%, encerrando o dia cotado a R$ 5,4986, a menor cotação em mais de uma semana.
A Bolsa tem mostrado um comportamento de pouca variação ao longo de junho, oscilando entre 136 e 137 mil pontos, com poucas exceções. Desde que bateu o recorde histórico de 140 mil pontos em maio, o índice passou a se manter estável, em busca de novos fatores que possam impulsionar novas altas ou justificar quedas mais fortes.
Dólar em queda
O dólar, por sua vez, teve um dia de forte desvalorização frente ao real, puxado por fatores tanto do exterior quanto do Brasil. Lá fora, crescem as apostas de que o banco central dos Estados Unidos (o Fed) poderá cortar os juros ainda este ano, o que diminui a força do dólar no mundo todo.
Já no Brasil, a queda foi favorecida pela leitura mais positiva da inflação, com o IPCA-15 de junho abaixo do esperado, e também por fatores políticos. A decisão do Congresso de derrubar o decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) foi interpretada por parte do mercado como sinal de que o presidente Lula perdeu força no Legislativo, o que pode abrir espaço para um cenário político mais favorável ao ajuste das contas públicas no futuro.
No ano, o Ibovespa acumula alta de quase 14%, enquanto o dólar já caiu mais de 11% frente ao real. Apesar das incertezas, o mercado segue acompanhando o cenário político, fiscal e internacional de perto, com os olhos já voltados, inclusive, para a eleição presidencial de 2026.
