Henrique Neri O Ibovespa fechou a sexta-feira (4) com mais um recorde, subindo 0,24% e encerrando aos 141.263 pontos, maior valor da história. Durante o pregão, período de negociações, o índice chegou a ultrapassar os 141,5 mil pontos.
Mesmo com o volume financeiro muito reduzido – R$ 9 bilhões – devido ao feriado da Independência dos Estados Unidos, a Bolsa brasileira acumulou alta de 3,21% na semana, seu melhor desempenho desde abril e, no ano, já avança 17,44%.
Já o dólar teve um dia de leve alta, encerrando em R$ 5,4248, com variação de mais de 0,37%. Apesar disso, acumula queda de 1,06% na semana e continua com forte desvalorização no ano. A moeda norte-americana se fortaleceu nesta sexta frente a outras divisas emergentes, em um dia marcado pela baixa liquidez e por ajustes pontuais de posições no mercado de câmbio.
A ausência de negócios em Nova York e no mercado de títulos dos EUA (Treasuries) — fechados por conta do feriado americano, contribuiu para a instabilidade do câmbio, com operações mais sujeitas a fluxos pontuais e menor volume de negociação.
Na Bolsa, a alta semanal foi puxada pelo bom desempenho das ações ligadas a commodities, como Vale e Petrobras, que subiram cerca de 4% cada. Também houve destaque para setores como siderurgia, mineração e papel e celulose, impulsionados pela melhora nas projeções para a economia chinesa — grande compradora desses produtos.
Na agenda econômica, o Ministério do Desenvolvimento informou que a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 5,9 bilhões em junho, abaixo das expectativas. Com isso, a projeção de superávit para 2025 foi revisada para baixo, de US$ 70,2 bilhões para US$ 50,4 bilhões, refletindo a menor demanda global e o aumento das importações devido à economia interna aquecida.
No exterior, o índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda americana frente a seis divisas fortes, caiu 0,20% com investidores acompanhando de perto as negociações comerciais dos EUA. O prazo para o fim da suspensão das tarifas impostas pelo governo Trump se encerra em 9 de julho, e a possibilidade de retorno das medidas protecionistas traz riscos para a economia global e afeta as projeções para os juros nos Estados Unidos.
