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Ibaneis Rocha anuncia coronel Adão como novo comandante da PMDF

Governador avalia que a condução do ministro Alexandre de Moraes, do STF, tem sido exemplar no caso

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O coronel Adão Teixeira de Macedo será o novo comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), após a prisão preventiva do coronel Klepter Rosa Gonçalves, nesta sexta-feira (18), na Operação Incúria. O anúncio foi feito pelo governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha, no início da tarde desta sexta-feira (18), durante agenda pública. O coronel Adão já era o subcomandante-geral da corporação. 

 

“Agora, assume o subcomandante Adão, que também foi nomeado anteriormente. A gente espera que as coisas transcorram na maior tranquilidade possível, junto à Polícia Militar do Distrito Federal, que é uma polícia bastante qualificada”, declarou. O governador adiantou que o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, formalizará a nomeação do coronel Adão Teixeira de Macedo como comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal no Diário Oficial do DF.

 

O coronel Adão era o subcomandante-geral da PMDF. Foto: Divulgação
O coronel Adão Teixeira de Macedo era o subcomandante-geral da corporação. Foto: Divulgação/PMDF

 

Sobre as investigações, Ibaneis Rocha disse que é preciso aguardar o resultado dos trabalhos. “Todos têm direito à ampla defesa, ao contraditório, vamos esperar aí o que vai acontecer”, ressaltou.  O governador ainda avaliou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou as prisões preventivas de agentes militares e da cúpula da PMDF, após solicitação da PGR.

 

“O ministro Alexandre Moraes vem conduzindo esse inquérito com muito cuidado, com muito carinho, com muita responsabilidade. E a gente tem mais a confiar no Poder Judiciário brasileiro”, disse.

 

Mensagens
A Operação Incúria foi deflagrada após denúncia do Grupo Estratégico dos Atos Antidemocráticos (GCAA) da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra sete oficiais da cúpula da PMDF por omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

 

De acordo com nota divulgada pela PGR, a denúncia com 196 páginas relaciona diversas provas de que os militares denunciados e presos nesta sexta-feira tinham informações para monitorar a proporção dos atos e que houve, na realidade, a omissão dolosa por parte dos denunciados. “Eles próprios compartilhavam entre si mensagens de teor golpista pelo menos desde as eleições, com questionamentos quanto à lisura do processo eleitoral e outros temas. São várias as mensagens anexadas à denúncia”, descreve a nota da PGR.

 

O coordenador do Grupo Estratégico dos Atos Antidemocráticos da PGR, o subprocurador Geral da República, Carlos Frederico Santos, embasou a denúncia. “A ‘falha’ operacional não decorreu de deficiências dos serviços de inteligência da PMDF. O que ocorreu, em verdade, foi omissão dolosa por parte dos denunciados que, com unidade de desígnios, aceitaram os resultados visados pela turba antidemocrática e aderiram ao intento criminoso dos insurgentes.”

 

Entre provas anexadas à denúncia, estão imagens dos denunciados, no dia dos atos, que mostram a conduta de omissão frente aos invasores, além de mensagens de texto com teor golpista trocadas pelos oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal, segundo a PGR.

 

O governador do DF também se pronunciou sobre o conteúdo das mensagens. “A gente sempre espera que a Polícia Militar trabalhe dentro da maior legalidade possível […]. Sabemos que aquele momento era um momento de bastante conturbação, por conta do resultado eleitoral. O que a gente espera agora é que as coisas se esclareçam definitivamente, e que a gente possa seguir a nossa vida em tranquilidade.” (Agência Brasil)