Nos corredores do Palácio do Buriti, o assunto que mais se comenta é que o governador Ibaneis Rocha (MDB) não deve disputar uma das duas vagas ao Senado Federal em 2026.
A tendência natural seria essa, o que poderia abrir espaço para que Celina Leão (PP) assumisse o Governo do Distrito Federal e, consequentemente, ter o nome chancelado para suceder o atual chefe do Executivo.
Contudo, por ter um perfil mais voltado ao Executivo, e ele não esconde isso, Ibaneis poderá permanecer na principal cadeira do DF até o fim do seu mandato.
Para isso, ele trabalharia por um aliado com chances de vitória, mas com o compromisso de manter as portas abertas para o retorno ao Buriti do emedebista em 2030.
Caso a informação se confirme, o tabuleiro político local sofrerá uma reviravolta.
Sem estar oficialmente como governadora, Celina poderá ter de se licenciar da vice para disputar algum cargo. Isso porque, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nenhum vice pode assumir, mesmo que de forma interina, a principal cadeira do Executivo pelo menos 6 meses antes das eleições.
Caso haja alguma necessidade de viagem de Ibaneis, por exemplo, ela pode colocar risco os planos políticos.
Caso Celina aceite se afastar do cargo, o segundo nome na hierarquia no Distrito Federal seria o do deputado Wellington Luiz (MDB), presidente da Câmara Legislativa (CLDF). Ele também sofreria o mesmo risco da inelegibilidade numa eventual necessidade de substituir Ibaneis no caso de alguma ausência do governador.
Como as eleições ainda estão muito distantes, o cenário real só será definido em abril de 2026.