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Hugo Motta defende “sensibilidade” em punições de 8 de Janeiro e evita tensão institucional

Presidente da Câmara diz que não contribuirá para aumentar a crise entre os Poderes e sugere penas mais brandas para envolvidos

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), usou um tom conciliador ao se pronunciar nesta segunda-feira (7/4) sobre os desdobramentos políticos do ato promovido por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista.

Sem citar a palavra “anistia”, o parlamentar defendeu o que chamou de “sensibilidade” para rever eventuais excessos nas penas aplicadas a quem participou dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

“Defendo dois pontos. Primeiro, a sensibilidade para corrigir algum exagero que vem acontecendo com relação a quem não merece receber uma punição. Acho que essa sensibilidade é necessária, toca a todos nós. E a responsabilidade de poder, na solução desse problema, que é sensível e é justo, nós não aumentarmos uma crise institucional que estamos vivendo”, declarou Motta durante reunião na Associação Comercial de São Paulo.

O posicionamento ocorre em meio à pressão de parlamentares bolsonaristas, que têm tentado acelerar a tramitação do projeto de lei que concede anistia aos envolvidos no atentado antidemocrático. A proposta enfrenta resistência de líderes partidários e, até o momento, não obteve assinaturas suficientes para que seu regime de urgência fosse votado.

Apesar da mobilização nas ruas e no Parlamento, Motta minimizou o impacto da movimentação. “Não é desequilibrando, não é aumentando a crise que nós vamos resolver o problema”, afirmou. “Não contem com este presidente para aumentar uma crise institucional.”

Do alto do trio elétrico na Paulista, o pastor Silas Malafaia, organizador do ato, criticou publicamente Hugo Motta e o responsabilizou pelo impasse na Câmara. A ofensiva foi endossada por outros líderes da direita, mas o presidente da Casa optou por não responder diretamente aos ataques. Questionado por jornalistas sobre as declarações, preferiu o silêncio: “Já comentei esse assunto”, disse antes de se retirar.

Ao comentar a pressão da base bolsonarista para dar prioridade à proposta de anistia, Motta reforçou que o Congresso Nacional não pode se dedicar exclusivamente ao tema. “Não podemos ser uma Casa de uma pauta só. Uma música de uma nota só. O Brasil é muito maior que isso. O Senado Federal faz parte dessa solução também”, ressaltou, sinalizando que o debate ainda será compartilhado com a outra Casa Legislativa.

Segundo ele, a proposta será tratada com “serenidade e responsabilidade”. A fala foi motivada por uma provocação do ex-deputado federal Vilmar Rocha (PSD-GO), presente no encontro. Também participou da reunião o atual líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (PSD-BA).

Enquanto isso, parlamentares do PL, partido com a maior bancada da Câmara, anunciaram a intenção de obstruir votações até que o projeto de anistia avance. Motta, por sua vez, afirmou que considera a obstrução legítima dentro do processo democrático.

“Sou um amante da democracia, e toda manifestação é válida para defender qualquer pauta no Congresso. Cada partido defende aquilo que é importante. A própria obstrução é um instrumento do Legislativo.”

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