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“Houve um apagão geral”, avalia Ibaneis Rocha, sobre o 8 de janeiro

Durante a 1ª coletiva de imprensa após retorno ao Buriti, governador afirmou ser "o único que tomou posse três vezes"

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O governador Ibaneis Rocha (MDB) concede, nesta quinta-feira (16), a primeira entrevista coletiva após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou o retorno do emedebista ao comando do Governo do Distrito Federal (GDF). Ele afirmou que a mudança da cúpula da Polícia Militar (PMDF) dependerá exclusivamente do novo secretário de Segurança, Sandro Avelar. 

 

Desde que assumi o governo, eu tenho uma política de empoderar o secretário de Segurança e o Sandro vai saber disso. A questão da troca do comandante vai depender exclusivamente dele. Se os comandantes das corporações estiverem atendendo as orientações do secretário, assim como o diretor da PCDF, o secretário de Segurança vai decidir. Eu confio integralmente no meu secretário”, disse. 

 

O emedebista também avaliou que houve um “apagão geral” no dia 8 de janeiro, data do registro das invasões em prédios públicos da Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Acho que houve um apagão geral, de todas as áreas. Houve falhas na Polícia Militar, mas também na Força Nacional, na Guarda Presidencial. Mas isso apenas o inquérito vai confirmar. Se houver culpado, que seja responsabilizado”, afirmou.

 

ASSISTA:

 

 

Durante a primeira entrevista coletiva após ter sido autorizado a retornar ao comando do Palácio do Buriti, Ibaneis afirmou que passou dias difíceis, não se comunicou com secretários e com a então governadora em exercício, Celina Leão (PP), mas validou todas as decisões tomadas pela colega da chapa eleitoral, como a troca de comando no Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF). 

 

Eu sou a única pessoa que conseguiu tomar posse três vezes no Palácio do Buriti. Vocês não sabem o que passei esses dias. Li muito, passei períodos difíceis. Mas encontrei de novo o sentido de viver”, disse Ibaneis Rocha.

 

Na o evento, Ibaneis afirmou ter mantido uma relação de confiança com o ex-secretário Anderson Torres, que está preso pelo mesmo inquérito, motivo pelo qual convidou o então ministro da Justiça para retornar o comando das forças policiais no DF. 

Segundo o emedebista, esse foi o motivo por ter acreditado nas informações de possível calmaria durante as manifestações bolsonaristas. 

 

Sobre a minuta do golpe encontrada na casa de Torres, Ibaneis mudou o tom: “Sabe-se que, em algum momento, alguém pensou em dar um golpe, o que é crime. Ele [Torres] precisa explicar isso para a Justiça”.

 

Afastatmento

O governador estava afastado das funções para as quais foi eleito no ano passado desde o dia 9 de janeiro, horas após os atos antidemocráticos registrados na Praça dos Três Poderes. A princípio, conforme posicionamento referendado pela Suprema Corte, o governador ficaria longe do Palácio do Buriti por 90 dias. Contudo, a defesa do emedebista conseguiu reverter o entendimento pouco mais de dois meses da decisão inicial.