Temos **Paulinho da Viola**, que circula pelo País com os dois filhos musicistas. Lirismo em sua pureza genial. Podemos entoar o discurso da paz. Então é a voz do embaixador do Brasil na **Unesco**, _Santiago Mourão_, que discorre sobre tempos de guerra. E se o tema for pioneirismo em Brasília?
Claramente, ouvir os causos da educadora **Cosete Ramos Gebrim**, que recebeu de JK a missão de lecionar. Bem, com a **Copa do Mundo** à vista, seria interessante a análise de quem já atuou. **Lúcio**, chamado de capitão, nos recebeu no estádio Mané Garrincha, e crê firmemente na vitória da nossa seleção. Claro, desbravamos o _Catar_, uma das maiores riquezas do mundo. E estivemos com **Osmar Chohfi**, presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. Ele conta sobre as inúmeras oportunidades de empreender nas arábias.
E por aí navega a trilha de leitura desta nova edição, que se debruça especialmente em acessar personas que podem, de alguma forma, nos nortear em tempos de conflitos e polarização. Mas com oportunidades de relacionamento e, sobretudo, de inspiração para avançarmos.
Numa **provocação imagética**, trazemos o monumento da liberdade, o **Panteão da Pátria**, se integrando à tríade da Praça dos Três Poderes. São livres aqueles que nos representam? Executivo, Judiciário, Legislativo.
Eis a convergência ou divergência que nos coloca neste exato instante da história em **tempos de eleição**. Daí, uma reflexão intimista: fomos atuantes ou figurantes neste cenário brasileiro indescritível que nos leva a celebrar **duzentos anos da Independência do Brasil?** No feriado nacional, vamos viajar e relaxar, vamos às ruas em manifesto, vamos estender a mão para a maior parcela da população que padece na pobreza e, agora, na fome. Faça você mesmo o seu roteiro.
Talvez entendendo que tanta _fragilidade social_ no país tupiniquim vem de uma maldição hereditária, que partiu do cômico, se transformando em ficção, aperfeiçoado pelo _marketing_, quando descobrimos que a reação de **Dom Pedro** no dia da independência às margens do Rio Ipiranga, foi fruto de uma enorme dor de barriga. Sim, é mais um fato adaptado ao romance literário que é a história do Brasil. Mas para tal, o articulista **Ricardo Medina** explica melhor em seu aprazível artigo.
Porém entre personagens históricos que povoam a construção da identidade Brasil, um deles ainda tem alma viva entre nós, brasilienses. **Juscelino Kubitschek**, o JK, que completaria 120 anos. Seminarista, médico, presidente. Avanço econômico, plano de metas, nova capital Brasília. **Diligente, combatente, sorridente**. Claramente, dizemos. Jamais houve um líder como ele. Ele, sim, _se permitiu viver o impossível_.
E cá estamos. Dentro de uma história que ainda floresce. Pois é chegada a hora. Em outubro teremos a **eleição presidencial**. A decisão estará nas mãos de **156.454.011 eleitores**, dos quais **53% são mulheres**, mesmo sendo elas a minoria no pleito. No artigo de Jorge Eduardo Antunes, o Brasil clama por outro JK. Para salvar-nos da polarização, das batalhas e do radicalismo. Um estadista que resgate, sobretudo, vidas. Propósito e missão destinados a uma nação que nas últimas três décadas vive na corda bamba da democracia.
E nós brasilienses que vivemos a mística do legado de JK, temos autoridade para indagar: a independência de hoje tem que vir com a morte da família, da educação, da cultura? Ou da mínima equidade, sobretudo, de vidas humanas, na perspectiva de um líder que exerça o seu único ofício de chefe de estado, que é proporcionar um real estado democrático do direito de cada cidadão liricamente chamado… **brava gente brasileira**.