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Healthy: brasileiros pagam mais caro por alimentos saudáveis

Uma pesquisa feita em 31 países e no Brasil entrevistou mil pessoas que confirmaram que saúde e alimentação andam lado a lado

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Verão chegando, e o assunto por aí é um só: **saúde!** Além das férias de fim de ano, muitos se preparam para fazer o check up anual, para saber como está o bem-estar interno. Cada vez mais, **alimentação, treinos e estilos de vida saudáveis têm conquistado várias gerações e grupos de pessoas que se preocupam com um futuro melhor.**

Uma pesquisa feita pelo **Instituto Akatu e GlobeScan** confirmou que a maioria dos brasileiros (64%) estaria disposta a pagar um **preço** acima da média por alimentos **saudáveis** e produzidos de forma sustentável. O estudo anual acompanha atitudes e comportamentos do consumidor relacionados a estilo de vida. A edição deste ano foi feita em 31 países e, no Brasil, entrevistou 1.000 pessoas.

![Foto: Unsplash](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/olena_sergienko_Z9z7l9_By_RNE_unsplash_e3d2514f39.jpg)

_“A partir do momento em que a pessoa compreende o porquê esse produto é um pouco mais caro, se entende que isso está por trás daquele atributo de sustentabilidade, ela fica mais disposta a pagar por isso. Precisa ter esse entendimento e aqui tem uma grande oportunidade para as empresas trabalharem”_, **explica Bruna Tiussu, gerente de Comunicação do Akatu**. Ela chama atenção que o ideal é que o valor desses produtos se aproxime dos convencionais, mas, para isso, há necessidade de políticas públicas.

_“A gente consegue ver que existe um gap entre 30 e 40 pontos percentuais de diferença entre vontade, desejo, e a ação de fato realizada. E também a gente vê que existe uma predisposição um pouco maior, tanto de desejo quanto de ação, quando a gente fala em saúde em detrimento do ecologicamente mais correto”_, disse Bruna.

**O estudo indica que os brasileiros estão mais preocupados com os problemas globais do que a média mundial**. O maior percentual de preocupação varia entre 15 e 30 pontos percentuais entre os diferentes temas abordados. Por exemplo, a pobreza extrema do mundo é alvo de atenção de 90% dos brasileiros, enquanto 63%, na média global, se referiram a este problema como “muito sério”.

![Comprar alimentos em pequenas feiras, pode ser uma ótima saída para quem busca uma alimentação natural e de agricultores familiares, que produzem menos lixo do que grandes indústrias de monocultura, por exemplo Foto: Unsplash](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/marcos_paulo_prado_0py70yxum_Ak_unsplash_fe50cd5b2f.jpg)

Para os organizadores da pesquisa, isso pode estar relacionado ao fato de os brasileiros têm uma vivência mais direta com esses problemas. As questões ambientais predominam como oito dos 11 assuntos mais sérios para os brasileiros. A poluição da água foi destacada como “muito séria” por 84% dos entrevistados no Brasil e por 62% na média mundial.

De 2020 a 2022, duas edições mais recentes da pesquisa, não houve alterações significativas em várias percepções, crenças e atitudes de uma vida saudável e sustentável. Mais de 80% disseram querer reduzir bastante o impacto que tem pessoalmente no meio ambiente. Ao mesmo tempo, o percentual de brasileiros que acreditam estar fazendo tudo o que podem para proteger o meio ambiente passou de 68% para 72%.

Mais da metade dos brasileiros (50%) disseram também que as decisões de compra são muito influenciadas por marcas que impulsionam a agricultura sustentável e que desenvolvem programas de uso eficiente de água. Para 54%, a decisão de compra é influenciada por marcas que desenvolvem programas de reciclagem/reúso de embalagens e que proporcionam ajuda humanitária.

_Mais informações sobre pesquisa estão disponíveis no site do Instituto Akatu._