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Haddad vê como grave o fato de a extrema direita comandar a oposição a Lula

Em Davos, ministro da Fazenda tranquiliza a comunidade internacional após os ataques de 8 de janeiro

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**O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a extrema direita será a força de oposição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e que isso é “muito grave”**. Ele voltou a reforçar a reposta das instituições brasileiras aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília.

**”Não dá para negar que a extrema direita se organizou no Brasil. A extrema direita será a força de oposição do governo Lula e isso é grave”**, disse, durante plenária no Fórum Econômico Mundial, em Davos. **”O Brasil conviveu com extrema direita no passado, mas nunca foi eleitoralmente viável”**, acrescentou.

O ministro da Fazenda afirmou que, apesar de fragilidade por reunir uma série de partidos, **a base de sustentação de Lula é forte para reagir à extrema direita, governar e defender a democracia no Brasil**. Segundo ele, a reposta de 8 de janeiro foi institucionalmente muito importante.

**”Tivemos êxito muito grande em resposta a atos em Brasília”, afirmou, acrescentando que os financiadores de atos já estão identificados e vão responder pelo que patrocinaram**. Apesar disso, Haddad disse que não é confortável ter oposição extremista no Brasil e que vê o tema com preocupação.

Ao seu lado, **a ministra do meio ambiente, Marina Silva, concordou com Haddad sobre os atos golpistas de 8 de janeiro**, mas ponderou que o extremismo não é um problema só no Brasil, mas no mundo. **”Não é confortável para nenhum governo ter oposição extremista”**, afirmou, dizendo que é “emblemático” estar com ministro da Fazenda em um debate sobre as perspectivas para o Brasil em Davos.

De acordo com Marina, o extremismo é desestabilizador em várias óticas como social, ambiental e econômica. Apesar disso, disse que o governo teve capacidade de resposta a atos em poucas horas e ressaltou a força das instituições no Brasil. **Por fim, comentou sobre a ação internacional que Lula fará para reinserir o Brasil no mundo e defender a democracia do País**.

**Preocupação internacional*8

Aos repórteres, **o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que se surpreendeu com o grau de preocupação da comunidade internacional com os atos antidemocráticos** ocorridos em Brasília. **”Eles estão muito chocados com o que aconteceu e de certa maneira aliviados pelo fato de a resposta ter sido pronta e consistente”**, afirmou, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Segundo Haddad, uma das razões que o fez vir ao Fórum Econômico Mundial de Davos ao lado da ministra do meio ambiente, Marina Silva, foi justamente tranquilizar a comunidade internacional após os atos de 8 de janeiro. **”Eu vim tranquilizar a comunidade internacional que o Brasil está funcionando, voltou para o jogo democrático, voltou a pensar grande, voltou à mesa das grandes nações que buscam desenvolvimento com justiça social e liberdade política”**, concluiu o ministro.