O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (2) que o combate aos supersalários no serviço público e as mudanças nas aposentadorias das Forças Armadas deveriam “preceder toda e qualquer votação” no Congresso Nacional sobre a Reforma Administrativa. Em entrevista na porta do Ministério da Fazenda, Haddad ressaltou que o governo já enviou algumas propostas relacionadas ao tema e que essas medidas dariam um bom exemplo para o restante das discussões.
No entanto, Haddad alertou para os aspectos da PEC 32, proposta que trata da Reforma Administrativa, que podem aumentar os gastos públicos. “Tem dispositivos da PEC 32 que aumentam gasto. Toda a parte de segurança aumenta gasto”, declarou, ressaltando que, apesar do apelo popular, é preciso cautela ao lidar com a reforma. Segundo o ministro, a ideia de reforma tem um “fetiche” e que, ao fazer as contas, “a conta não fecha”.
Além disso, Haddad anunciou que o governo pretende apresentar até terça-feira (3) uma nova proposta para substituir o decreto que elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A intenção é calibrar os impostos sobre o setor financeiro e retomar o debate das reformas estruturais no Congresso antes da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.