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Haddad diz que queda na atividade econômica é resultado dos juros altos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta segunda-feira (17), que a queda de 2% na atividade econômica em maio, medida pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, já era esperada. Segundo o ministro, esse resultado negativo é reflexo da manutenção dos juros altos no país.

 

O IBC-Br é considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB) e fornece uma indicação da evolução da economia brasileira mês a mês. Para Haddad, a desaceleração da economia esperada pelo Banco Central teve um impacto significativo. Ele alerta para a necessidade de cautela caso as taxas de juros sejam mantidas em torno de 10% ao ano, afirmando que isso seria muito prejudicial para a economia.

 

A queda de 2% registrada em maio representa a maior redução desde março de 2021, quando a economia recuou 3,6%. O Banco Central apenas divulgou os dados, sem fornecer motivações ou análises adicionais sobre o índice.

 

No mês anterior, o IBC-Br indicou um crescimento de 0,56% na economia brasileira em abril de 2023.

 

O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Com a economia crescendo menos, espera-se uma menor pressão inflacionária.

 

Expectativa de queda na taxa Selic

Em junho, o Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, patamar vigente desde agosto de 2022.

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, composto pelo presidente e pela diretoria da instituição, está programado para se reunir no início de agosto com o objetivo de definir a taxa básica de juros.

 

A expectativa é que a Selic seja reduzida nessa próxima reunião. Dois fatores estão contribuindo para essa possível mudança. Primeiramente, a ata da última reunião do Copom, ocorrida em junho, indicou um aceno favorável à redução dos juros. Além disso, a nomeação de dois diretores do Banco Central pelo atual governo – Ailton Aquino, funcionário de carreira, e Gabriel Galípolo, ex-secretário do Ministério da Fazenda – sugere uma abertura para medidas de estímulo econômico.

 

A redução da taxa básica de juros poderia impulsionar a atividade econômica e ajudar a mitigar os impactos negativos observados recentemente.

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