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Hacker diz à PF que Zambelli mandou invadir urnas e conta de Moraes

Desde 2019, a Polícia Federal investiga Walter Delgatti no contexto da Operação Spoofing, que visa apurar a invasão dos celulares de autoridades por um grupo de hackers

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Em um depoimento à Polícia Federal (PF), o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido por seu envolvimento no caso Vaza-Jato, alegou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) teria solicitado sua ajuda para invadir as urnas eletrônicas ou as contas de e-mail e telefone do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

 

De acordo com informações do blog da jornalista Andréia Sadi, do G1, o suposto pedido teria ocorrido em setembro do ano passado, na cidade de São Paulo.

 

Delgatti revelou à PF que não conseguiu acessar o sistema das urnas eletrônicas nem o celular de Moraes. Além disso, o hacker afirmou que não encontrou nada “comprometedor” na conta de e-mail do ministro, a qual ele teve acesso em 2019, quando invadiu os aplicativos de outras autoridades e acabou sendo preso.

 

Após ser liberado, Delgatti foi preso novamente em junho deste ano por violar determinações judiciais relacionadas ao acesso à internet. A Justiça proibiu o hacker de realizar atividades online devido ao risco de repetição de suas ações criminosas anteriores. O Ministério Público também o acusa pelos crimes cometidos.

 

Desde 2019, a Polícia Federal investiga Walter Delgatti no contexto da Operação Spoofing, que visa apurar a invasão dos celulares de autoridades por um grupo de hackers. Parte do material obtido por Delgatti foi compartilhada com jornalistas do The Intercept e influenciou na anulação de alguns processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Operação Lava-Jato.