Em 12 de abril de 1945, o sargento do Exército Max Wolf Filho morreu durante uma missão, nas cercanias de Montese, na Itália, ao ser atingido por disparos de metralhadoras alemãs. Ele foi o primeiro militar brasileiro morto na campanha na Itália durante a 2ª Guerra Mundial, entre 1944 e 1945. Hoje é um dos símbolos da Força Expedicionária Brasileira (FEB), por dar nome ao 20º Batalhão de Infantaria Blindado (20º BIB), em Curitiba (PR), e à Escola de Sargentos das Armas, localizada em Três Corações (MG), além de o Exército ter instituído, em 2010, a Medalha Sargento Max Wolf Filho, concedida aos praças.

Wolf foi a primeira vítima brasileira na 2ª Guerra Mundial. Foto: Divulgação/Exército
Nascido em 29 de julho de 1911, em Rio Negro (PR), ele era descendente de imigrantes alemães e alistou-se no Exército aos 18 anos, em Curitiba (PR). Por mérito, galgou posições na força militar. Quando a 2ª Guerra Mundial foi deflagrada, voluntariou-se para compôr a FEB, já como terceiro-sargento, integrando a 1ª Companhia do 1º Batalhão do 11º Regimento de Infantaria.
As qualidades como militar fizeram do sargento presença quase obrigatória nas ações de patrulha de sua companhia, ganhando o apelido de “Rei dos Patrulheiros”. No entanto, foi em uma delas que acabou morrendo. Wolf partiu com seus homens de Monteporte em uma ação de mapeamento visando a conquista de Montese. Ao se aproximarem de um casario, foi atingido por duas rajadas de metralhadoras.
Max Wolf morreu às 13h15 de 12 de abril e deixou uma filha, Hilda Della Nina, atualmente com 88 anos. Por suas ações em combate, foi agraciado com quatro medalhas: de Campanha; Sangue do Brasil; Cruz de Combate – 1ª Classe; e Bronze Star, concedida pelos Estados Unidos.