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Gusttavo Lima é indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa

Informação foi revelada pelo programa Fantástico, da TV Globo
Gusttavo Lima
Gusttavo Lima | Reprodução Instagram

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O cantor Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa em um desdobramento da Operação Integration, que investiga um esquema de corrupção envolvendo 53 alvos em seis estados brasileiros. A informação foi revelada, neste domingo (29), pelo programa Fantástico, que teve acesso à investigação completa.

O indiciamento ocorreu em 15 de setembro e agora cabe ao Ministério Público decidir se apresentará ou não uma denúncia formal contra o cantor. A defesa de Gusttavo Lima nega qualquer irregularidade e alega que as transações financeiras realizadas estão dentro da legalidade.

A investigação aponta ainda a participação de bicheiros, empresários e a influenciadora digital Deolane Bezerra. A polícia identificou indícios de que Gusttavo Lima seria o “dono oculto” da empresa Vai de Bet, que recentemente firmou um patrocínio milionário com o Corinthians.

Durante a operação, a Polícia Civil apreendeu R$ 150 mil em dinheiro vivo na sede da Balada Eventos, empresa de shows de Gusttavo Lima, registrada em Goiânia (GO).

Além disso, foram encontradas 18 notas fiscais sequenciais emitidas pela GSA Empreendimentos, outra empresa do cantor. Segundo as investigações, essas transações levantariam suspeitas de lavagem de dinheiro.

À TV Globo, o advogado criminalista Rodrigo Andrade Martini explicou que a lavagem de dinheiro ocorre quando recursos obtidos de atividades ilícitas são inseridos na contabilidade de maneira a parecerem legais. O esquema investigado mistura valores lícitos e ilícitos para dar uma aparência legal a transações financeiras.

Outra linha de investigação envolve a venda irregular de aeronaves. Um dos aviões da Balada Eventos foi vendido duas vezes a empresários relacionados a jogos ilegais. A primeira venda ocorreu por US$ 6 milhões e a segunda, em fevereiro de 2024, por R$ 33 milhões, incluindo um helicóptero da empresa.

A polícia indica que o dinheiro utilizado nessas transações provenha de jogos de azar, sugerindo um esquema de lavagem de dinheiro mais complexo.

Gusttavo Lima se manifestou em um vídeo, nas redes sociais, negando qualquer vínculo com atividades ilícitas e alegando que suas transações foram feitas de forma legal. Ele também negou conhecer os empresários investigados e afirmou que as vendas de suas aeronaves foram devidamente documentadas.

A defesa do cantor se comprometeu a colaborar com a investigação e já respondeu às perguntas feitas pela polícia, reafirmando a inocência de Gusttavo.