Henrique Neri O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (25). Gayer e seus assessores são suspeitos de desviar recursos públicos de cota parlamentar para financiar empresas particulares.
A busca foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com as buscas. O celular do parlamentar foi apreendido durante as buscas. A PF encontrou mais de R$70 mil na casa de um dos assessores de Gayer.
De acordo com as investigações, o deputado era protagonista de um esquema para desviar verbas parlamentares. O dinheiro irrigaria empresas privadas de Gayer, além de entidades sociais “de fachada”.
O deputado postou um vídeo em suas redes sociais vídeo relatando que foi acordado às 6h “com a minha porta sendo esmurrada pela Polícia Federal”.
“O que eu sei até agora é que esse inquérito foi aberto no mês passado, 24 de setembro, né? Está aqui, ó, não dá para saber nada, ter nenhuma informação do que se trata. Sei que alguns assessores meus também receberam a busca e apreensão”, disse Gayer no vídeo.
“Vieram na minha casa, levaram meu celular, HD, meu SSD. Essa democracia relativa está custando caro para o nosso país. Alexandre de Moraes determinou essa busca e apreensão agora, aqui no documento não fala o porquê. Numa sexta-feira, sendo que a eleição é no domingo”, seguiu.
O parlamentar não é candidato, mas participa na campanha de um dos candidatos à prefeitura de Goiânia.
“Já estamos providenciando a habilitação nos autos, que poderá ser admitida somente por Alexandre de Moraes, sem prazo certo e determinado. Entendemos que ações deste tipo não podem ser deflagradas no ápice do processo eleitoral, posto que atos judiciários interferem diretamente na política local, o que coloca em xeque a seriedade das decisões”, disse Gayer em nota divulgada pela assessoria.
