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Governo pede ao STF que mantenha suspensão de ações sobre marco temporal de terras indígenas

Medida invalidade pelo Supremo foi aprovada em lei pelo Congresso Nacional meses depois
Governo pede ao STF que mantenha suspensão de ações sobre marco temporal de terras indígenas
Indígena em manifestação contra o Marco Temporal, na Praça dos Três Poderes, em 2023. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

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A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que mantenha suspensa a tramitação de processos que tratam sobre conflitos relacionados ao marco temporal de terras indígenas. O motivo é a incerteza que paira sobre o tema após o Congresso aprovar lei que estabelece o marco temporal logo depois de o Supremo invalidar a tese. Parte da lei foi vetada pelo presidente Lula (PT), mas o veto foi derrubado pelos parlamentares.

As comunidades indígenas encontram-se em situação de imensa vulnerabilidade diante da iminência de que os processos judiciais e inúmeras decisões desfavoráveis retomem seu andamento sem que seja possível à AGU atuar com clareza, tanto em âmbito judicial, quando administrativo“, afirma o órgão na manifestação.

A AGU aponta que, nesse contexto de insegurança, inúmeros processos de reintegração de posse podem retomar andamento, “inclusive em áreas de alta conflituosidade, como o Sul da Bahia e o Mato Grosso do Sul“.

Os processos estão suspensos desde maio de 2020 por determinação do ministro Edson Fachin, relator da ação que discutiu a constitucionalidade do marco temporal. Na ocasião, o ministro determinou que a suspensão valeria até o fim do julgamento ou da pandemia de covid-19, o que ocorresse por último.

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