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Governo muda regras e mexe no bolso de quem investe em renda fixa

Uma das principais alterações é o fim da tabela regressiva do Imposto de Renda para esse tipo de aplicação

O governo federal anunciou mudanças significativas na forma como os investimentos serão tributados no país a partir de 2026. A proposta, discutida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reuniões com com lideranças do Congresso, faz parte de um esforço para aumentar a arrecadação e buscar o equilíbrio fiscal. Apesar disso, as medidas tem gerado preocupação entre investidores, especialmente os mais conservadores, que aplicam em renda fixa.

Uma das principais alterações é o fim da tabela regressiva do Imposto de Renda para esse tipo de aplicação. Atualmente, quanto mais tempo o dinheiro fica investido, menor é o imposto cobrado, um estímulo ao planejamento de longo prazo. Com a nova regra, essa vantagem deixa de existir: a alíquota será fixa em 17,5%, independentemente do prazo da aplicação.

Além disso, investimentos antes isentos, como LCI (Letra de Crédito Imobiliário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CRI, CRA e debêntures incentivadas, passarão a ser taxados em 5%. Esses produtos vinham sendo bastante utilizados justamente por oferecerem rendimentos livres de impostos. Com a mudança, perdem parte do apelo junto aos pequenos e médios investidores.

O economista Ricardo Vianna, avalia que a proposta deve alterar o comportamento de quem aplica com foco no longo prazo. “A perda da vantagem fiscal obriga o investidor a reavaliar suas estratégias. Produtos que antes tinham isenção passam a competir em condições menos favoráveis”, afirma.

Outro ponto do pacote é o aumento do IOF em algumas operações de crédito, o que pode elevar os custos de empréstimos e financiamentos para consumidores e empresas.

Uma tabela comparativa foi elaborada para detalhar os impactos nos principais produtos financeiros, como CDBs, fundos de investimento, ações e letras de crédito. O material permite visualizar o que muda em termos de tributação, quais ativos perdem benefícios e como isso afeta a rentabilidade líquida para quem investe.

As medidas ainda precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional, mas já provocam ajustes no mercado financeiro e entre planejadores financeiros. O investidor atento deve acompanhar as discussões e começar a repensar suas escolhas para os próximos anos.

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