O governo federal revisou para cima a projeção de déficit primário do governo central em 2025, passando de R$ 26,3 bilhões para R$ 30,2 bilhões, o que equivale a 0,24% do PIB. O cálculo considera as contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central.
A meta fiscal para 2025 continua sendo déficit zero, com intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB, cerca de R$ 31 bilhões para mais ou para menos.
Quando incluídos os precatórios, a previsão do déficit passou de R$ 74,9 bilhões (-0,6% do PIB) para R$ 73,5 bilhões (-0,58% do PIB). Na prática, a meta estará formalmente cumprida se o resultado ficar até R$ 74,3 bilhões negativos, considerando a margem de tolerância, os R$ 45,3 bilhões em precatórios que podem ser excluídos do teto fiscal e despesas extraordinárias, como o ressarcimento de aposentados do INSS.
Receita e despesa
Receitas primárias: queda de R$ 200 milhões, para R$ 2,924 trilhões.
Receitas líquidas: queda de R$ 1,9 bilhão, para R$ 2,344 trilhões.
Despesas primárias: recuo de R$ 3,3 bilhões, para R$ 2,417 trilhões.
Despesas obrigatórias: queda de R$ 2,8 bilhões, para R$ 2,207 trilhões.
Despesas discricionárias: corte de R$ 500 milhões, chegando a R$ 210 bilhões (já descontado o bloqueio).
Cenário macroeconômico atualizado
O Ministério do Planejamento e Orçamento também revisou projeções de indicadores:
Selic média em 2025: de 14,25% para 14,30%.
Câmbio médio: de R$ 5,70 para R$ 5,63.
Petróleo (barril): de US$ 68,38 para US$ 69,58.
Receita com dividendos em alta
Concessões e permissões: projeção mantida em R$ 7,7 bilhões.
Dividendos e participações: alta de R$ 6,9 bilhões, chegando a R$ 48,8 bilhões.
Exploração de recursos naturais: aumento de R$ 5,7 bilhões, para R$ 145,9 bilhões.
Receitas administradas pela Receita Federal: queda de R$ 12 bilhões, para R$ 1,867 trilhão.