As celebrações de Ano Novo no Brasil são marcadas por uma série de tradições e rituais que combinam influências culturais diversas. Desde o uso de roupas específicas até simpatias para atrair boas energias, essas práticas continuam sendo amplamente seguidas em várias regiões do país.
Por exemplo, vestir branco na virada do ano é uma das tradições mais populares, associada à paz e à renovação. O costume tem origem na cultura afro-brasileira, especialmente nas práticas do candomblé e umbanda.
Outras cores também têm significados específicos: vermelho para atrair amor e amarelo para chamar prosperidade financeira. O uso de roupas íntimas pela primeira vez na noite da virada também pode simbolizar abertura para o novo.
Práticas como pular sete ondas são realizadas principalmente em cidades litorâneas ou mesmo naquelas com rios e lagos. Cada salto simboliza um pedido para o ano que se inicia, reforçando os desejos de proteção e conquistas.
Além disso, banhos de ervas, como alecrim e arruda, são comuns para “limpar” energias negativas.
A ceia de Réveillon costuma incluir itens que, segundo a tradição popular, atraem prosperidade:
– Lentilha: associada à fartura.
– Romã: sementes guardadas na carteira simbolizam riqueza.
– Carne de porco: considerada símbolo de progresso, já que o animal “fuça para frente”;
– Folhas de louro: guardar uma delas na carteira pode atrair prosperidade e sorte;
– Uvas verdes: comer 7 uvas também tem sido cada vez mais comum como sinal de sorte e sucesso.
No Brasil, ainda, evita-se o consumo de aves, pois acredita-se que “ciscam para trás”, o que pode simbolizar retrocesso.
Iemanjá
Em regiões costeiras ou com rios e lagos, é comum a prática de oferecer flores e presentes a Iemanjá, considerada a rainha das águas. A tradição tambpem é parte das religiões afro-brasileiras, mas também atrai pessoas de diferentes crenças que buscam renovação espiritual.
No Distrito Federal, por exemplo, um dos pontos mais tradicionais para comemorar o Ano Novo é a Praça dos Orixás, conhecida como Prainha.
Localizada às margens do Lago Paranoá, o espaço reúne seguidores de religiões de matriz africana e outras pessoas que desejam começar o ano em sintonia com as práticas culturais e espirituais afro-brasileiras.