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Giovanna Nardelli, a empreendedora brasiliense que fez R$ 12 mil render R$ 1,6 milhão

Já pensou investir R$ 12 mil em seu negócio e, menos de seis anos depois, já estar faturando mais de R$ 1,6 milhão? Possivelmente, talvez, esse seja o sonho de toda pessoa que empreende e, sabe, aqui em Brasília temos um bom exemplo de uma mulher empreendedora, de apenas 32 anos, que conseguiu fazer com que isso acontecesse. Giovanna Nardelli é dona da Bela Shop, uma loja de produtos de luxo second hand.

O olhar de empreendedora sempre esteve presente em sua vida, mas foi em 2013 que Giovanna teve uma boa sacada sobre o potencial econômico que bolsas de luxo poderiam gerar no Brasil.

“Eu sempre gostei do universo de bolsas, desde pequena tenho apreço por bolsas e sei que é um item que faz todo diferença no visual. Já pesquisas sobre as marcas e a minha primeira aquisição de luxo foi em 2013. Pesquisei bastante o modelo antes de comprar e vi que era um modelo que estava valorizando com o tempo, o preço estava aumentando, então que seria mesmo um investimento para o futuro. Essa minha primeira aquisição valorizou mais de 50% em dois anos”, relembra.

Começou, então, a trabalhar com o aluguel das peças. Os principais emprestados eram bolsas das marcas Channel, Gucci e Prada. A loja se chamava Rent Bela, que surgiu da pesquisa da marketeira por formação sobre um mercado da economia compartilhada. Ela estava nos Estados Unidos, finalizando o seu master, mas a ideia sempre foi olhar para o mercado brasileiro e trazer essa ideia da revolução verde às terrinhas tupiniquins.  

“A demanda pelo aluguem de luxo era muito boa. A gente rodou esse modelo por dois anos. Fizemos mais de 500 alugueis. E essa foi uma ideia que veio para suprir a demanda de pessoas que, por vezes, não tinham acesso à compra de bolsa de luxo, mas poderiam alugar e ter essa experiência por um tempo”, conta.

O negócio, então, cresceu. Foi na pandemia que Giovanna sentiu a necessidade de expandir, afinal, o aluguel de bolsas não faria mais sentido naquela fase, onde era aconselhado que as pessoas ficassem em casa. Ela, então, investiu. Colocou R$ 12 mil na reforma de um quarto de sua casa a fim de tornar o espaço um showroom de vendas second hand.  

Não abandonou o valor de economia compartilhada, pelo contrário, remodelou o seu negócio a fim de, em vez de alugueis, vendas second hand, uma demanda já reprimida de suas clientes. 

“Remodelamos o plano em abril de 2020. Tocamos os dois modelos de negócio por um tempo, mas em 2022, em outubro, decidimos fazer o rebranding. Daí, trocamos o nome de Rent Bela para Bela Shop e seguimos o modelo de vendas baseado na demanda de nossas clientes”, explica.

Em pouco tempo fez o seu negócio crescer de um investimento de quatro para sete dígitos. O crescimento, no entanto, não foi uma surpresa. O negócio teve muito preparo e consciência de onde gostaria de se chegar.

Giovanna diz se sentir grata por todos que passaram por ali e a ajudaram no sonho. A dica para quem quer se inspirar no modelo da empresária é: “Acredita nos seus sonhos, corra atrás, tenha resiliência. Empreender tem muitos obstáculos no caminho, mas não pare. E se for, vá com medo mesmo, porque até quem está na jornada de empreendedorismo, como eu, tem medo e desafios”, confessa.

Bela Shop em expansão

Menos de um ano após o rebranding, a Bela Shop desembarcará em São Paulo no próximo dia 30. Sempre houve o sonho de expandir o negócio para a capital paulista por ser um mercado “grande, aquecido e acostumado com a lógica do second hand”. 

A oportunidade de ir para São Paulo veio, ainda, com a novidade de três investidores anjos que compraram a ideia de Giovanna e decidiram seguir este caminho com a empreendedora. “Eles apostaram no sonho. Acreditamos no all many channel, em estar em todos os canais de venda, então, agora, nesta presença física”, comenta.

Há planos, ainda, de colocar a Bela Shop em outras cidades do Brasil. Uma intuição de Giovanna é expandir para Goiânia devido à demanda pelo mercado de luxo. 

Giovanna antes e depois

Neste caminho do empreendedorismo, a brasiliense muito se transformou. A reportagem questionou quem era a Giovanna antes do sonho e quem ela se tornou. A resposta é inspiradora:

“São sete anos de jornada empreendedora desde a concepção da ideia em 2016. Muita coisa permanece na Giovanna lá de trás e na de hoje, como a persistência, o sonho, a força de vontade, a garra a humildade. Mas outras coisas mudaram muito, e não só na parte empreendedora”, conta.

Hoje, além de gerenciar um negócio de milhão, Giovanna também é mãe o que trouxe a ela uma perspectiva para além do que pensava quando mais jovem. “A Giovanna lá de trás era mais teórica, hoje sou muito mais prática. Antes, virava a noite trabalhando e acreditava muito nisso, nas horas de trabalho. Agora, não! Hoje sou mais produtiva e tenho uma equipe de confiança”, afirma.

“Não estou mais no operacional, mas na estratégia de negócio, o que faz toda diferença na maturidade como empreendedora e no ponto onde ainda quero chegar”, finaliza. 

 

 

 

 

 

Carolina Cardoso

Jornalista experiente, já atuou como editora em diversos veículos da capital. No GPS, é produtora de conteúdo e repórter de lifestyle.

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