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Gilberto Gil tem álbum transformado em livro

Os **fãs** da Música Popular Brasileira têm motivos para comemorar. Lançado em 1972, o álbum 2222 de Gilberto Gil está entre os mais importantes da MPB. Com diversas vozes que interpretam as músicas ao longo de cinco décadas, elas viraram **arte para além de canções**.

Um livro com releituras das músicas em textos, pinturas, entre outras **manifestações artísticas**, a partir do olhar de intelectuais, jornalistas e artistas, será lançado em 16/02, às 15h, no Edifício Oceania, em Salvador.

Concebido por Ana Oliveira, a publicação combina levantamentos em **arquivos públicos e privados, notícias de imprensa, depoimentos e curiosidades** que vão da partida de Gil para a Europa, em 1969, até o início da circulação do álbum Expresso 2222 no Brasil, com suas potentes reverberações.

Na obra, as faixas são **relidas** do LP que nasceu das **influências** do pop, do rock e da música brasileira tradicional, tornando-se um marco na história da MPB. O livro será uma das **atrações** do tradicional evento que anuncia a programação do **Camarote Expresso 2222**, um dos mais festejados do Carnaval da Bahia.

![Capa do livro Expresso 2222](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/unnamed_3_1cfa576dc2.png)

_Hermano Vianna, Fernanda Torres, Micheliny Verunschk, Patricia Palumbo, Moreno Veloso, Cláudio Leal, Arnaldo Antunes, Lorena Calábria e Mila Burns desvendam a história por trás de cada canção, enquanto Renata Felinto, Regina Silveira, Patricia Palumbo, Nino Cais, André Vallias, Vânia Mignone, Arnaldo Antunes, Muti Randolph, Marcela Cantuária e Merepe colaboram com obras visuais._

**O LP Expresso 2222:**

Cinquenta anos atrás, quando Gilberto Gil acabava de voltar do exílio imposto pela ditadura militar, a **Música Popular Brasileira** conhecia um álbum que se tornaria um dos mais **relevantes** de sua história.

Desde 1967, na germinação do movimento tropicalista, Gilberto Gil buscava elementos da música popular tradicional, sobretudo a **nordestina**, para sua obra. O impulso estético representado pelo tropicalismo a partir de 1968 aguçou ainda mais o desejo de incorporar elementos musicais brasileiros ao projeto vanguardista.

![Capa do álbum Expresso 2222 Foto: Cortesia](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/81fde5a6af7353e7cc506627f57c9414_c67c1e6c8a.webp)

O exílio forçado pela ditadura em 1969, que levou Gil e Caetano para Londres, no auge do _swinging London_, acabou colaborando para que novos elementos do **pop e do rock internacionais** entrassem no **balaio do compositor baiano**.

Expresso 2222, de 1972, foi, assim, o talvez **mais radical álbum** de Gil, em que a experiência no exterior e a música em voga no exílio se articulam com elementos estéticos contrastantes, como o cancioneiro nordestino. **Baião e rock, samba e jazz**, numa combinação **única e perene**.

O experimentalismo deste álbum emitiu sinais para as gerações de artistas que se seguiram, no Brasil e fora do país. _“Composição e arranjo, verbo, verso, canto, ritmo, melodia, sanfona no violão, violão na guitarra, samba no rock, jazz no baião”_, elenca Ana Oliveira. O resultado é uma obra fundamental da vida cultural brasileira.

_O álbum histórico da MPB conta com nove faixas: “Back in Bahia”, “Ele e Eu”, “Expresso 2222”, “O Sonho Acabou” e “Oriente”, todas de autoria de Gilberto Gil, além de “Pipoca Moderna”, composição instrumental de Sebastião C. Biano que receberia um pouco adiante letra de Caetano Veloso; “Sai do Sereno”, de Onildo Almeida; “Chiclete com Banana”, de Gordurinha e Almira Castilho, e “O Canto da Ema”, de Ayres Viana, Alventino Cavalcanti e João do Vale, as duas últimas clássicos do repertório de Jackson do Pandeiro._

**Sobre a autora**

![Foto: Marcos Duarte](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/unnamed_4_5aeb9d70ad.png)

Ana Oliveira concebeu e editou outros livros-objeto dedicados à MPB, como Tropicália ou _Panis et Circencis e Acabou Chorare_. Com Gilberto Gil, publicou, em 2015, Disposições Amoráveis. Ana é também autora do site [tropicalia.com.br](tropicalia.com.br), referência de informação sobre o movimento tropicalista.

Segundo Gil, Ana Oliveira _“tem compromissos com o desenrolar histórico da cena cultural do Brasil, é uma criadora engajada numa visão de multiplicidade cultural e é pessoalmente próxima ao meu trabalho e à minha pessoa.”_

Com tiragem limitada, o livro está à venda na [Magalu](https://www.magazineluiza.com.br/expresso-2222/p/khd27ja90b/li/otli/) e em diversas livrarias físicas e outros canais online.

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