O recente anúncio do governador Ibaneis Rocha (MDB), o qual prometeu equiparar o valor do Serviço Voluntário (SGV) entre policiais civis e militares do Distrito Federal, incendiou os bastidores da segurança pública da capital — e especialmente em comentários publicados nas redes sociais (veja abaixo).
A postagem do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF) sobre o tema, destacando supostas desigualdades entre as corporações, gerou uma enxurrada de reações controversas — especialmente de integrantes da Polícia Militar. Termos como “DISparidade”, “desinformação” e “comparação injusta” dominaram as mensagens.
Veja:
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Críticas internas
Um dos comentários mais repercutidos foi do usuário @tiago7n, que criticou os dados apresentados. “Muita mentira aí… auxílio fardamento de soldado: mil reais. Aí os caras colocam 8 mil. […] PCDF: 600,00 líquido… o da PM é 290,00 para produzirem como nunca. […] Não tentem comparar o incomparável.”
Outros militares criticaram a tentativa de equivalência entre funções de natureza operacional muito diferentes.
“Vocês não aguentam dois minutos de militarismo”, disparou o mesmo perfil.
Já o professor e policial militar @prof_anthonycouto foi além e acusou o sindicato da Polícia Civil de fomentar a suposta divisão. “O que o @sinpoldf_ faz é completamente ridículo. Querem nos colocar um contra os outros.”
Por outro lado, policiais civis elogiaram a publicação do sindicato da categoria.
“Parabéns pelo post, PCDF! É preciso abrir espaço para a verdade, num mundo de desinformação”, escreveu @padarete190.
Outros comentários defenderam a necessidade de isonomia real entre as carreiras. “É preciso igualar todos os benefícios e compensar as disparidades”, opinou @marlosvalle.
O perfil @concurseiro_deltaflx fez um raro comentário de empatia: “Temos que admitir que a PMDF trabalha bem mais que nós da PCDF. Sem eles, a segurança pública do DF seria um caos.”
Entre as queixas mais frequentes da PMDF estão:
• Gratificações menores e com desconto;
• Tempo de progressão mais lento;
• Comparações com a PF e outras forças;
• Falta de reconhecimento da natureza militar da função.
Do lado da PCDF, os argumentos giram em torno de:
• Autonomia funcional;
• Carga intelectual da atividade investigativa;
• Desigualdades históricas ignoradas em debates públicos.