O Governo do Distrito Federal (GDF) vai investir cerca de R$ 470 milhões, nos próximos quatro anos, para fortalecer sua sustentabilidade fiscal. O montante será utilizado para modernizar a gestão pública, aumentar a transparência, melhorar a administração tributária e otimizar a aplicação de recursos. A maior parte do valor — R$ 426 milhões — será financiada por meio do Programa de Apoio à Gestão e Integração dos Fiscos no Brasil (Profisco II), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A contrapartida local será de R$ 44 milhões, aportados diretamente pelo GDF.
De acordo com o secretário de Economia do DF, Ney Ferraz, o objetivo é tornar os processos mais eficientes e fortalecer a atuação da pasta. “Queremos modernizar a gestão, aprimorando processos que contribuam para o fortalecimento da administração fazendária e fiscal”, afirmou. Ele destacou ainda que a modernização trará impactos diretos na arrecadação e na qualidade dos serviços oferecidos à população.
O plano de execução do investimento está praticamente finalizado, conforme explicou Anna Cristina Cypriano de Oliveira Miguel, subsecretária de Processos e Projetos Institucionais e Inovação da Secretaria Executiva de Gestão da Estratégia (SGE). Nesta segunda-feira (14), integrantes do BID — como o especialista André Martinez — participaram de reunião com gestores da Seec no Anexo do Buriti para acompanhar o andamento da iniciativa.
Anna Cristina explicou que os investimentos têm caráter estratégico. “Vamos promover uma transformação na pasta, alinhando as ações às diretrizes de governança financeira e melhoria dos serviços públicos”, disse. A proposta busca também mitigar riscos fiscais e ampliar os mecanismos de transparência no GDF.
A chefe de gabinete da Secretaria de Economia, Ledamar Sousa Resende, alertou os gestores para a responsabilidade na aplicação dos recursos, uma vez que se trata de um empréstimo em dólar. “É um recurso caro, por isso a qualidade da aplicação precisa ser alta. Devemos ter compromisso, responsabilidade e eficiência”, ressaltou. Ela também reforçou o papel de liderança no engajamento das equipes: “Estarei no gabinete para apoiar diretamente esse processo.”
A expectativa do governo é alcançar melhorias concretas em três áreas principais:
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Gestão e transparência fiscal: aumento da proporção de metas estratégicas cumpridas em relação ao total planejado;
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Administração tributária: redução dos custos administrativos da arrecadação em relação ao valor arrecadado;
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Gestão orçamentária e financeira: diminuição da diferença entre o orçamento planejado e o executado.