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GDF faz campanha para atualizar vacinas de diversas faixas etárias

Calendário de Vacinação de rotina de 2023 traz compromissos de bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos

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Se você tem mais de 18 anos e não tomou nenhuma vacina de 2013 para cá, sem contar as de covid-19, isso significa que você está desprotegido. Isso porque a cada dez anos é necessário receber pelo menos uma dose de reforço do imunizante dT, que protege contra difteria e tétano. E se estiver com a dT atrasada, é melhor dar uma conferida como estão as outras vacinas. **Afinal, você sabe quais os imunizantes indicados para a sua faixa etária?**

O [Calendário de Vacinação](https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/0/Calend%C3%A1rio+de+Vacina%C3%A7%C3%A3o+DF+2023.pdf/cbafcdb8-10a1-b1f5-712a-d9200297b523?t=1675106107088) de rotina de 2023 prevê 18 imunizantes a serem aplicados em bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos. A lista não inclui nem a vacina contra a covid-19 nem influenza, que seguem a campanha do Ministério da Saúde. O lado bom dessa história é a facilidade para ficar em dia: basta comparecer a uma das mais de 100 unidades de saúde no Distrito Federal com sala de vacinação. É só levar um documento e, se tiver, o Cartão de Vacina. Caso a pessoa não tenha mais nenhum registro, ela receberá todos os imunizantes previstos para a idade.

Por exemplo: vamos supor que você tenha 30 anos, tomou as vacinas contra a covid, mas não tem a menor ideia de onde está o cartão de vacina lá da infância, quando provavelmente sua mãe te levava no posto de vacinação. Neste caso, vai receber todas as vacinas previstas para o público adulto: tríplice viral (SCR), hepatite B, dupla adulto (dT) e febre amarela. Uma praticidade é que pelo menos dá para receber todas essas vacinas de uma só vez. Se tiver com a de covid atrasada também, aproveita a oportunidade para ficar em dia com esse cuidado.

A gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis da Secretaria de Saúde, Renata Brandão, lembra que só não se deve tomar vacinas já fora da faixa etária. “_Se você perdeu a oportunidade quando criança, infelizmente não vai retroagir_”, explica. Isto é: um adolescente sem registros de imunização vai receber as vacinas previstas para a sua faixa etária, mas não tomará as da infância, por exemplo. Ainda assim, ela ressalta a importância de seguir o calendário para todas as idades. “_Vacina não é feita só para crianças_”, afirma.

A especialista lembra ainda que muitas pessoas têm medo de reações e efeitos adversos dos imunizantes. “_Todas as vacinas são seguras e passam por um controle de qualidade_”, lembra. Vermelhidão, dor no braço, fadiga e até febre leve são reações esperadas, mas nada que assuste.

![Secretaria de Saúde ressalta que uma ampla cobertura vacinal é uma política de saúde pública relevante, pois evita o adoecimento de várias faixas etárias (Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde)](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/Geovana_Albuquerque_Agencia_Brasilia_vacina_bf47653961.jpg)

Renata Brandão garante também que é seguro receber mais de um imunizante no mesmo dia. “_Você aproveita a oportunidade de atualizar todo o cartão de vacina. Não tem problema nenhum para o sistema imunológico_”, finaliza.

“_A vacinação é uma ação preventiva de grande impacto para a população_”, afirma o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Luciano Agrizzi. O gestor lembra que uma ampla cobertura vacinal é uma política de saúde pública relevante porque evita o adoecimento de pessoas de várias faixas etárias, desde os bebês até os idosos. “_É tão importante para os adultos quanto para as crianças_”, argumenta.

**Cobertura abaixo do esperado**

Aplicada na maternidade, logo após o nascimento dos bebês, a vacina BCG está com a cobertura esperada para o Distrito Federal. Na realidade, como há o atendimento a recém-nascidos vindos de estados vizinhos, o índice chegou a 105,7% nos primeiros quatro meses do ano passado. No período, foram 13.975 doses de BCG aplicadas. Somados, foram mais de 367 mil imunizantes da chamada vacinação de rotina.

O lado ruim da notícia? A BCG é uma exceção. A cobertura vacinal está abaixo do esperado para todos os demais imunizantes. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) estabelece como meta uma cobertura de 80% para as vacinas contra o HPV e meningocócica C e meningocócica ACWY em adolescentes, 90% para as vacinas BCG e Rotavírus e 95% para as demais vacinas indicadas na rotina do Calendário Nacional de Vacinação.

Os dados da Secretaria de Saúde até abril de 2022 mostram que quase a metade (48,2%) dos brasilienses estão com a tríplice viral atrasada. Poliomielite, difteria e sarampo são algumas das doenças que podem voltar se a população não fizer a sua parte e se vacinar.

As regiões administrativas de Águas Claras, Lago Norte, Cruzeiro/Sudoeste, Riacho Fundo, Sobradinho e São Sebastião não ultrapassaram os 65% de cobertura vacinal para nenhuma vacina nos primeiros quatro meses de 2022. Vale lembrar, contudo, que é possível se vacinar em qualquer uma das salas de vacinação de rotina, independentemente do endereço domiciliar.