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Galeria de Nova York abre mostra de Tunga com trabalhos inéditos

A exposição Vê-nus possui mais de 60 trabalhos, em forma de retrospectiva da carreira do artista

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Uma síntese histórica da obra do escultor pernambucano **Tunga** (1952-2016) por meio de obras referenciais na carreira do artista é o que pretende a exposição _Vê-nus_, primeira mostra do artista na galeria Luhring Augustine em Nova York desde sua morte, em 2016. Com mais de 60 trabalhos, muitos deles inéditos, a mostra é uma **retrospectiva** que apresenta as relações e desdobramentos que se metamorfoseiam desde a década de 1970 – Tunga realizou sua primeira individual em 1974 no _Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro_ (MAM/ Rio) -, até pouco antes do seu falecimento.

![Uma das obras na exposição Vê-nus de Tunga](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/obra_venus_tunga_1200x800_e46d0b726f.jpg)

Além do desenho – ao qual se dedicou durante toda sua vida -, sua inquietude artística o levou a outras práticas artísticas.

Os trabalhos reunidos em _Vê-nus_ revelam a dimensão de seus múltiplos interesses que transitavam livremente por diversas áreas do conhecimento, como arte, literatura, ciência e filosofia, e que se integravam todas no seu singular imaginário erótico.

_”Essa erudição produtiva, fluida, inclassificável, se expandia e se fixava em cada ideia e de obra a obra. Esse domínio refinado de interesses deu à obra de Tunga um ar precioso, longamente elaborado e destinado à permanência”,_ observa Paulo Venancio Filho, curador da exposição.

O espaço expositivo apresenta alguns dos momentos mais **significativos** da trajetória, _Eixos Exógenos_ (em que o perfil feminino recortado de um tronco de madeira joga com a alternância entre figura e fundo), até sua última série de desenhos, _From La Voie Humide_ e as esculturas da série Morfológicas.

**Histórico**

Tunga foi um artista performático, escultura e desenhos eram suas principais vertentes. Nascido em Palmares, Pernambuco dem 1952 e faleceu em 2016. Seu nome de batismo é Antonio José de Barros Carvalho e Mello Mourão. Formado em arquitetura e urbanismo na Universidade Santa Úrsula.

![Foto: Tiago Queiroz](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/2887_age20160606110_f0026011c3.webp)

Com diversas premiações no mundo da arte, o pernambucano teve uma exposição realizada no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, em 1986. No ano seguinte, realiza o vídeo Nervo de Prata, feito em parceria com Arthur Omar (1948). Em 1990, recebe o Prêmio Brasília de Artes Plásticas e, em 1991, o Prêmio Mário Pedrosa da Associação Brasileira de Críticos de Arte – ABCA pela obra Preliminares do Palíndromo Incesto. Para realizar seu trabalho, investiga áreas do conhecimento como literatura, filosofia, psicanálise, teatro, além de disciplinas das ciências exatas e biológicas

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.