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Gabriella Constantino celebra 10 anos de sucesso da PrettyNew

Brechó foi pioneiro na revenda de itens de luxo no Brasil e se consolidou como referência; Confira entrevista

Há dez anos, Gabriella Constantino transformava uma paixão pessoal em uma revolução no consumo de moda no Brasil. Fundadora do PrettyNew, o primeiro brechó online de itens de luxo do país, Gabriella celebra uma década de impacto ao redefinir a forma como o mercado de second hand é percebido e valorizado. 

“Sempre quis usar a moda como um meio de criar algo que fizesse sentido e agregasse valor à vida das pessoas”, afirma a empresária. Formada por instituições renomadas como Central Saint Martins e Istituto Marangoni, Gabriella trouxe uma bagagem de peso para criar o PrettyNew, que começou em 2013, quando o conceito de moda circular ainda enfrentava resistência no Brasil.

Em uma época em que o luxo era associado apenas a peças novas, o PrettyNew desafiou preconceitos ao criar um espaço exclusivo e confiável para a revenda de itens de marcas prestigiadas como Chanel, Hermès e Prada. Mais do que uma loja, o brechó promove uma experiência cuidadosamente curada, combinando autenticidade, sofisticação e compromisso ambiental.

“A nossa missão sempre foi ressignificar o consumo, unindo moda e sustentabilidade de forma genuína. Transformamos o destino das peças e criamos uma conexão emocional entre os itens e seus novos donos”, explica Gabriella.

Ao longo de dez anos, o PrettyNew se tornou uma referência no segmento. Além do e-commerce com alcance internacional, a marca ganhou força com espaços físicos que traduzem seu propósito. A flagship em Brasília e os pontos no Rio de Janeiro e São Paulo ampliaram a presença da marca e trouxeram um toque tangível à experiência online.

Gabriella celebra os marcos dessa primeira década com entusiasmo e visão de futuro: “Fomos construindo tudo passo a passo, com muita dedicação. Agora, queremos facilitar ainda mais a experiência dos nossos clientes, expandindo os pontos de coleta e entrega e democratizando o acesso ao consumo consciente”.

À medida que o mercado de luxo adota estratégias de escassez para reforçar exclusividade, a moda circular ganha mais adeptos. “Vintage e second hand deixaram de ser alternativas para se tornarem um estilo de vida. É sobre encontrar algo único, construir um guarda-roupa com identidade e ousar na forma de se expressar”, reflete Gabriella.

Com uma nova geração de consumidores em busca de um estilo mais personalizado e sustentável, o conceito de second hand se firma como um estilo de vida. “A nova geração quer criar um estilo próprio, baseado em peças únicas e com história. Isso valoriza ainda mais o conceito de second hand”, explica.

Confira o bate-papo com Gabriella Constantino, CEO do PrettyNew

Há dez anos, com um mercado de second hand ainda engatinhando no Brasil, você foi visionária ao apostar nesse segmento que era muito embrionário por aqui. Neste cenário, o PN faz parte dessa transformação. O que você mais se orgulha sobre o PN — tanto como empresária como amante de moda?
“Ainda me emociono quando me dou conta do quanto foi difícil e de tudo que já conquistamos. Me orgulho muito de ter construído algo do zero, juntamente com a nossa equipe que veste a camisa e realmente acredita no potencial que o PN tem e tudo o que ainda vamos conquistar, buscando contribuir para um consumo com mais consciência e mais sustentável.”

Quais serão os próximos passos do PN? Há algo, em especial, que está no seu planejamento de realizações?
“Queremos expandir, facilitando mais o processo para entrega de um item para venda com a gente, abrindo novos pontos de pick up & drop off, como implementamos desde o ano passado no Rio de Janeiro.”

O mundo da moda vive de tendência em tendência, mas algumas mudanças de comportamento vieram para ficar — como o second hand. Como você avalia a visão das pessoas sobre o second hand hoje? No seu ponto de vista, ainda existe preconceito? As gerações mais antigas estão mais flexíveis e acostumadas com a ideia de comprar peças de segunda mão com mais naturalidade?
“Hoje vejo as pessoas muito mais abertas a consumir second. Sim, ainda existe preconceito, mas estamos conseguindo quebrá-lo aos poucos. As gerações mais antigas tendem a já ter contato com o universo vendendo o que não usa mais, porém ainda não olham como uma de compradora ou cliente. Por isso, convido as pessoas a sempre que surgir a necessidade de comprar uma peça, olhem para o second hand como uma opção e procurem lá. Muitas vezes, te garanto que irá encontrar algo com uma qualidade superior por um ótimo preço.”

As grandes marcas de moda têm apostado cada vez mais na escassez como gatilho para exclusividade. Logo, alguns modelos e peças tornam-se ainda mais raros de serem adquiridos. Acredita que esse movimento irá fortalecer o second hand?

“Para as novas gerações, comprar vintage ou second hand é praticamente um hobbie. As fashionistas consomem novidades, mas também apreciam a ideia de ‘construir’ o próprio estilo a partir de achados, de peças únicas. Acredito que esse comportamento veio para ficar e, no geral, as pessoas estão cada vez mais confiantes em ousar e se vestir da forma que quiserem vestir, sem tanta lapidação e com maior liberdade. Essa ideia de garimpar algo que seja ‘vintage’ acaba valorizando o seu acervo e deixando o seu look muito mais interessante, mais exclusivo e menos copiável.”

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