O atleta Gabriel Araújo conquistou, nesta quinta-feira (29), a primeira medalha de ouro brasileira nos Jogos Paralímpicos de Paris. Gabriel ganhou a prova dos 100 metros de costas da classe S2 (limitações físico-motoras) em 1 minuto e 53 segundos.
“Estou muito feliz, não sei nem como agradecer. Não tenho nem dimensão do que é tudo isso. Meu sorriso está sendo levado para todos os cantos do mundo. Eu me senti em casa. A prova foi perfeita, perfeita, perfeita. As noites de sono que eu e meu treinador perdemos neste ciclo compensaram demais. Tudo o que trabalhei psicologicamente deu certo”, afirmou Gabrielzinho.
Já é sua segunda participação nos Jogos (a primeira em Tóquio) e agora já ostenta três ouros (50m livre, 200m livre e 100m costas) e uma prata (100m costas). O mineiro ainda vai disputar as provas nas quais já ganhou medalha.
“É uma prova muito difícil, é uma prova que mexe comigo, tanto por ter sido prata (Tóquio), porque é a prova mais difícil pra mim, e eu trabalhei muito pra isso. Eu e meu treinador, a gente trabalhou pra caramba, e a gente fez de tudo pra que essa medalha de prata virasse ouro, e assim, eu tô muito, ficaria muito feliz com ouro, mas do jeito que foi a prova, sem igual, porque eu não nadei, não, eu amassei a prova, eu acabei com a prova, então eu tô feliz demais, e um sonho realizado, e posso gritar que eu sou campeão dos 100 metros costas”, disse Gabrielzinho.
Gabriel foi o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, ao lado de Beth Gomes, arremessadora de peso. O atleta tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas. Conheceu a natação.