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Fumar pode dobrar suas chances de AVC; veja os riscos e como prevenir

Entenda os perigos do tabagismo, inclusive do passivo, e a importância da prevenção
Dia do Combate ao Fumo - reprodução Unsplash
Dia do Combate ao Fumo | Foto: reprodução/Unsplash

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No Brasil, o Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, foi instituído pela Lei nº 7488, de 1986, com o objetivo de conscientizar a população sobre os perigos de fumar. A data é um lembrete crucial dos riscos associados ao cigarro, que contém mais de 4 mil substâncias químicas, das quais cerca de 250 são prejudiciais à saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os componentes tóxicos do cigarro enfraquecem as paredes das artérias, promovem o acúmulo de placas de gordura e aumentam o risco de obstrução arterial, levando a infartos e Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). “O cigarro atua diretamente na parede das artérias, favorecendo a formação de placas e interrompendo o fluxo sanguíneo”, explica o Dr. Victor Hugo Espíndola. O especialista alerta que fumantes têm o dobro de chances de sofrer um AVC em comparação com não-fumantes.

Além disso, os cigarros eletrônicos, frequentemente vistos como uma alternativa mais segura, também representam riscos. Os vapores emitidos contêm substâncias químicas que podem danificar as artérias, e estudos indicam que usuários de cigarros eletrônicos têm 15% mais chances de sofrer um AVC antes dos 50 anos.

O perigo silencioso do fumo passivo

Outro ponto crítico é o de fumar passivamente. Mesmo quem não fuma, mas convive com fumantes, corre sérios riscos de saúde. “A fumaça do tabaco também afeta os não-fumantes, que podem enfrentar graves problemas de saúde devido à exposição”, reforça Dr. Espíndola. Crianças, idosos e pessoas com doenças pré-existentes são ainda mais vulneráveis aos danos causados pelo fumo passivo.

Parar de fumar é um desafio que requer uma abordagem multidisciplinar, combinando apoio médico, psicológico e social. Superar o vício em tabaco envolve não apenas enfrentar a dependência física da nicotina, mas também lidar com questões emocionais e comportamentais que o hábito do fumo desenvolveu ao longo do tempo.

Como identificar um AVC e agir rapidamente

A detecção rápida de um AVC é essencial para minimizar danos. Sintomas como fraqueza súbita, confusão mental, dificuldade na fala, perda de equilíbrio e dormência em um lado do corpo são sinais de alerta. A escala SAMU é uma ferramenta útil para identificação rápida de AVC:

S (sorriso): peça à pessoa para sorrir e observe se há queda em um lado do rosto.
A (abraço): peça para levantar os braços e observe se há diferença de força entre eles.
M (mensagem): peça à pessoa para repetir uma frase; observe se há alguma dificuldade.
U (urgente): se algum sinal estiver presente, procure ajuda médica imediatamente.

Importância do tratamento precoce

O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais para reduzir as chances de sequelas significativas após um AVC. “As consequências do AVC são derivadas e dependem muito do tipo de AVC e de qual região do cérebro foi acometida. A partir desses fatores, o paciente pode ter desde sequelas leves até sequelas muito graves e irreversíveis”, explica Dr. Victor Hugo Espíndola.

A conscientização sobre os riscos do tabagismo e a adoção de medidas de prevenção são essenciais para combater os efeitos devastadores do fumo. O Dia Nacional de Combate ao Fumo reforça a importância de políticas públicas, educação em saúde e apoio a todos que desejam parar de fumar.