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Frizz e ressecamento: saiba como cuidar dos cabelos no clima de Brasília

Em ambientes mais secos é importante fortalecer a fibra interna e deixar os fios bem condicionados

Para as mulheres, os cabelos são a moldura do rosto. Muitas vezes, marcam mais do que uma roupa ou qualquer outra acessório. Seja para o bem ou para o mal. Isso porque um cabelo saudável é sinônimo de elegância e autocuidado. No entanto, apenas cuidar bem dos fios nem sempre é o suficiente para mantê-los bonitos, já que fatores externos, com o clima, influenciam na textura e alinhamento dos fios. 

E quando o assunto é clima, os cabelos das brasilienses costumam sofrer. Segundo Luciana Borgatto, que é pós-graduada em Tricologia, o clima afeta diretamente a saúde e o comportamento dos fios. Para isso, ela indica o uso de cosméticos para adaptar os cuidados capilares às condições climáticas.

“No inverno, os banhos costumam ser mais quentes; no verão, a exposição ao sol, mar e piscina aumentam. Em climas mais secos, os fios perdem umidade para o meio, ficando com maior propensão a ressecamento e quebra, enquanto o clima úmido aumenta o frizz e compromete a definição, especialmente em cabelos cacheados e crespos, e também os que estão muito danificados”, diz Luciana. 

Quando a umidade está alta, como é o caso de Brasília no momento, a recomendação é usar linhas mais nutritivas e produtos como óleos, que são ótimos agentes condicionantes e podem ajudar a diminuir essa interação do cabelo com a umidade. “Produtos que prometem uma blindagem nos fios contra o frizz também podem ser interessantes”, sugere a especialista. 

Em se tratando de ambientes mais secos, o cabelo pode perder umidade para o meio, então é importante fortalecer a fibra interna e deixar os fios bem condicionados. 

Além disso, algumas ações simples do dia a dia contribuem para diminuir a vitalidade dos fios e fragilizá-los, como o uso frequente de fontes de calor e lavar com água quente. Para quem tem esse costume, não precisa se desesperar, mas é indicado fortalecer a fibra do cabelo com tratamentos específicos e nunca esquecer o protetor térmico antes do uso. 

Deixar de usar secador, por exemplo, é difícil para a maioria das mulheres, porque cabelos secos ou ressecados tendem a secar mais “armados” quando secam naturalmente, porque as cutículas estão mais abertas, o que aumenta o frizz e o volume.

“A falta de nutrientes e de finalização adequada faz com que os fios absorvam umidade do ambiente, piorando esse efeito. Quando os fios estão molhados é o momento ideal para aplicar produtos de finalização. Eu sempre indico o uso da tolha de microfibra para secar os fios porque além de ela gerar menos atrito e ser mais gentil aos fios, também ajuda a controlar mais o frizz”, sugere. 

Mudança do fio

A dermatologista Alice Pucci, especialista em medicina capilar, também explica que, ao longo dos anos, os cabelos podem mudar de forma e ficar mais ou menos saudáveis. 

Segundo ela, vários fatores podem alterar a textura dos fios, desde cosméticos até variações hormonais, uso de medicamentos, deixando os cabelos mais secos. “Principalmente no sexo feminino nós temos diversas mudanças hormonais ao longo da vida, como na puberdade, no climatério, e essas mudanças podem justificar uma maior porosidade e ressecamento dos fios“, explica. 

Na menopausa, por exemplo, há uma queda do estrogênio e é comum que as mulheres se queixem de um couro cabeludo mais ressecado e consequentemente um fio mais seco — assim como a pele. 

Fatores hereditários também são alertas, já que, segundo a médica, existem as chamadas tricoses genéticas que podem determinar alterações estruturais no fio. “A haste nasce com essa alteração, que pode tanto determinar um cabelo mais seco e mais poroso, quanto um cabelo mais quebradiço, e muitas vezes isso já pode ser percebido na infância ou na adolescência“, analisa.

Luciana Borgatto diz que o cabelo poroso geralmente é resultado de danos acumulados. A porosidade mais alta indica que as cutículas estão mais levantadas, dificultando a retenção de umidade e nutrientes, o que deixa os fios ressecados, ásperos e sem brilho.

“O cabelo com maior porosidade pede cuidados mais intensos, desde máscaras de reparação, leave-in, óleos, águas lamelares, até mesmo acidificantes. Produtos com amodimeticona são bem interessantes. É importante também evitar expor o cabelo a danos adicionais”, orienta. 

Para quem tem a raiz oleosa e comprimento seco, o que é muito comum, a dica da especialista é focar a aplicação do shampoo apenas na região do couro cabeludo, deixando que apenas a espuma que escorre pelos fios faça a higiene deles. Também é importante usar um shampoo que atenda especificamente às necessidades do couro cabeludo. 

Para o comprimento, o ideal é usar um pré-shampoo para blindar os fios, que pode ser algum óleo 30 minutos antes da lavagem e manter uma constância no tratamento com máscara ou condicionador, sem esquecer da finalização com leave-in e óleo ao longo do dia.

3 mitos sobre cabelos secos por Luciana Borgatto: 

  • “Cabelos secos não precisam ser lavados com frequência.” A baixa frequência de lavagem pode levar ao acúmulo de resíduos que prejudicam a saúde do couro cabeludo e a aparência dos fios.
  • “Passar óleo demais vai pesar o cabelo”. Óleo é fundamental para aumentar a lubrificação, o condicionamento e brilho dos fios. Hoje já existem óleos super leves e eu sugiro até que as pessoas andem com óleo na bolsa, podendo reaplicar nos fios de 3 – 4 vezes ao longo do dia.
  • “Cabelos secos precisam apenas de hidratação”. Hidratação vai oferecer maciez, condicionamento, mas cabelos secos/ressecados podem pedir tratamentos mais intensos, como nutrição (para repor lipídios) e reconstrução (para fortalecer a estrutura capilar). É bem importante valer-se de leave-in condicionadores e óleos na finalização.

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