A primeira viagem internacional do Papa Francisco, ainda em seus primeiros meses de pontificado, teve como destino o Brasil. Era julho de 2013, e o mundo testemunhava os primeiros passos de um pontífice diferente, um homem que escolheu o nome do santo da humildade, que dispensou os palácios e preferiu estar entre as pessoas.
O Papa recém-eleito atravessou o Atlântico para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), realizada no Rio de Janeiro. Mais do que uma visita oficial, foi um reencontro com a alma jovem da Igreja, com os sonhos e as inquietações de milhões de jovens de todo o planeta que vieram ao Brasil em busca de fé, sentido e acolhimento.
Francisco desembarcou no país no dia 22 de julho e foi recebido pela então presidente Dilma Rousseff, em uma cerimônia que misturava a formalidade do protocolo com o calor característico da recepção brasileira. Nos dias seguintes, o Papa caminhou por ruas simples, visitou comunidades carentes, incluindo o Complexo da Varginha, no Rio, e emocionou o mundo com sua fala direta, humana, desprovida de ornamentos.
Na praia de Copacabana, onde mais de 3 milhões de pessoas se reuniram para a vigília e a missa de encerramento da JMJ, Francisco deixou uma mensagem que ecoa até hoje: “Ide, sem medo, para servir.”
Foi ali, sob o céu do Rio de Janeiro, que o mundo conheceu, de fato, quem era o Papa Francisco. Não apenas o novo líder da Igreja Católica, mas um pastor que escolheu começar sua missão entre os jovens, no coração da América Latina, com os pés descalços da fé e o olhar voltado para os últimos.
A visita ao Brasil não foi apenas um marco para a história do pontificado. Foi, acima de tudo, um gesto de confiança na juventude e um sinal claro de que o novo Papa pretendia conduzir a Igreja por caminhos de renovação, proximidade e compaixão.