Raphael Oliveira No Fórum Lide Brasil, realizado nesta quarta-feira (4) em Brasília pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais em parceria com o portal Brasil 247, especialistas e autoridades debateram os avanços e desafios da transição energética no Brasil. A energia limpa, especialmente solar e eólica, foi o tema central, com foco nas soluções para transformar o Brasil em um líder global neste setor.
Impactos
O ministro Gilmar Mendes, do STF, também se manifestou sobre a importância da energia limpa, citando os ativos do Brasil, como energia solar e hidrelétrica, e os riscos das mudanças climáticas. Mendes lembrou os recentes eventos climáticos, como enchentes e secas, como sinais de que políticas ambientais mais eficazes são urgentes. Ele enfatizou a responsabilidade do Brasil em preservar seus recursos naturais e defender o meio ambiente.
Paulo Octávio e Gilmar Mendes | Foto: Rayra Paiva
Carbono
O governador do Pará, Helder Barbalho, trouxe à tona o mercado de créditos de carbono, resultado da redução do desmatamento no estado. Barbalho informou que o Pará já certificou 300 milhões de toneladas de carbono, com 12 milhões comercializadas por cerca de R$ 1 bilhão. “Esse mercado representa uma nova economia para o Pará, beneficiando comunidades e incentivando práticas sustentáveis”, disse o governador.
Desafios
Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras, abordou os desafios de coordenar a transição energética no Brasil. Para ele, apesar do potencial do país, as fontes locais de energia exigem planejamento regional e podem gerar tensões. “No futuro, cada região precisará resolver suas demandas energéticas de forma local, o que pode gerar conflitos, especialmente em um país com uma matriz tão diversa como a do Brasil”, afirmou Prates. Ele também destacou a necessidade de uma estratégia clara para garantir que o Brasil use sua posição privilegiada de forma eficaz.
Jean Paul Prates | Foto: Rayra Paiva
Energia renovável
Roberto Giannetti, head do LIDE Infraestrutura, destacou o avanço das tecnologias de hidrogênio verde e baterias estáticas, essenciais para a transição energética. “O hidrogênio verde será fundamental para setores como a mobilidade urbana e a indústria, enquanto as baterias estáticas resolverão problemas de intermitência na geração de energia renovável, como solar e eólica”, disse Giannetti.
Futuro
Paulo Octávio, presidente do Lide Brasília e do PSD-DF, também abordou o crescimento da energia solar na capital federal. Ele destacou que, atualmente, 20% dos empreendimentos em Brasília utilizam energia solar e que em seus próprios empreendimentos a energia é 100% solar. “A energia solar é uma fonte limpa, econômica e sustentável, que oferece redução de até 20% nos custos para os consumidores”, afirmou Octávio.
