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Fórum de governadores do Brasil Central debate fim da fome e da miséria

Evento também condecorou inovações regionais na segunda edição do Prêmio Boas Práticas
Ibaneis discursa durante o evento
O governador Ibaneis Rocha discursa durante a abertura do evento. Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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O combate à fome e à miséria foram os principais temas da manhã de debates e exposições do Fórum de Governadores do Consórcio Brasil Central (BrC), realizado nesta terça-feira (23), no Centro Empresarial CNC, e patrocinado pelo BRB. Os sete mandatários das unidades federativas que compõem o grupo – Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins e o Distrito Federal – defenderam projetos sociais em torno da segurança alimentar e o estabelecimento de políticas de geração de empregos para vencer o desafio de acabar com o problema de segurança alimentar enfrentado pelo País.

Fundado em 2015, o BrC tem como objetivo estimular o desenvolvimento de seus participantes, que acumulam 2,5 milhões de metros quadrados de território e 875 municípios. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), presidiu o grupo entre 2021 e 2022, quando liderou a concessão de linhas de crédito do BRB e a redução até 30% do custo da compra de medicamentos, por meio do projeto Saúde Compras Compartilhadas.

Paulo Henrique Costa, Ibaneis Rocha, Eduardo Riedel, Paco Brito e Paulo Octávio
Paulo Henrique Costa, presidente do BRB; governador Ibaneis Rocha; governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel; secretário Paco Brito; e o empresário Paulo Octávio, presidnete do PSD-DF. Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Anfitrião do encontro desta terça-feira, Ibaneis agradeceu a presença dos integrantes do setor produtivo, dos deputados distritais Chico Vigilante (PT) e Jorge Vianna (PSD) e dos embaixadores, além de destacar o trabalho do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, lembrando a atuação do banco nos projetos sociais da capital e no apoio aos estados integrantes do BrC. Ele enfatizou ainda a importância dos programas de segurança alimentar desenvolvidos no DF, como os restaurantes comunitários.

“Esse é um projeto que está em expansão, com a inauguração de novas unidades. Durante a pandemia, implantamos ainda o programa Prato Cheio, em conjunto com o BRB, que também fomentou o empresariado, com ajuda ao assistido e ao setor produtivo. Implementamos também o projeto do Vale Gás, pelo qual fornecemos um botijão a casa dois meses. Para nós, é importante chegar cada vez mais próximo das pessoas”, completou.

Paulo Henrique Costa discursa no fórum
Paulo Henrique Costa falou das parcerias em gestão que o BRB pode oferecer. Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Já o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, detalhou aos governadores a mudança na instituição, que se tornou um banco de fomento e de atuação social e humana após a gestão Ibaneis, apresentando resultados e projetos nos quais o Banco de Brasília se engajou. Ele ainda ofereceu aos estados a capacidade do portfólio dos produtos hoje geridos pelo BRB no DF e em diversos estados brasileiros.

“Que a gente tenha cada vez mais resultados a celebrar. Eficiência tem de chegar a quem mais interessa: ao público”, definiu, pouco antes da assinatura de renovação do acordo de cooperação entre o Consórcio Brasil central e o banco.

Para o governador do Mato Grosso e presidente, até esta terça-feira, do Consórcio Brasil Central, Mauro Mendes (União Brasil), após a aprovação da reforma tributária, o momento é de adotar a reforma administrativa como próximo passo. “Todos conhecemos os princípios da administração pública, mas parece que esquecemos de colocar a eficiência como meta da gestão. Em muitos cantos do Brasil, os entes públicos esqueceram de aplicar este princípio. O Brasil jamais será um país desenvolvido se não fizer da eficiência uma meta”, disse.

Mendes disse ainda ser válido o esforço para combater e erradicar a pobreza. “Mas acredito que não estamos atacando as origens, só as consequências, o que é correto neste momento. O Brasil é o maior exportador líquido do planeta. Se somos um grande exportador, é inadmissível tenhamos milhões de pessoas padecendo por falta de alimentos”, acrescentou.

“É importante termos os programas explanados aqui. Em Mato Grosso, temos programas de complementação de renda. Um deles assistia 110 mil pessoas e caiu para 60 mil, pois várias não se enquadravam mais. Temos excesso de programas sociais. No meu estado, o melhor programa social e o de geração de emprego e renda, e hoje estamos com 2,4% de desemprego, o que se encaixa na situação do pleno emprego. O maior papel do estado é criar um ambiente de crescimento econômico, pois só ele pode criar empregos, o verdadeiro programa social do Brasil”, concluiu.

prêmio boas práticas
O ministro Wellington Dias assinou acordo de cooperação com os governadores. Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Prêmio Boas Práticas e acordo com o governo federal
O Fórum de Governadores do Consórcio Brasil Central também condecorou inovações regionais na 2ª edição do prêmio Boas Práticas. O GDF foi premiado pelo RenovaDF, programa de capacitação profissional criado em 2021 que insere alunos na recuperação de espaços públicos, e pelo projeto de reabilitação humanizada feito pelo Hospital Regional de Santa Maria. O prêmio recebeu 139 inscrições dos sete entes consorciados. Os vencedores receberam R$ 20 mil, sendo que o Mato Grosso, com o projeto da Plataforma Unificada de Serviços Digitais, conquistou o primeiro lugar geral e recebeu premiação adicional de R$ 30 mil.

O encontro também teve a presença do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, que assinou, com os governadores, um acordo de cooperação técnica sobre o Plano Brasil sem Fome. Além de Ibaneis Rocha e Mauro Mendes, participaram do encontro os governadores do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel; do Maranhão, Carlos Brandão; de Rondônia, Marcos Rocha; de Tocantins, Wanderlei Barbosa; e de Goiás, Ronaldo Caiado. (com Agência Brasília)