Um dos nomes mais poderosos da indústria do entretenimento nos Estados Unidos, o rapper e empresário Sean “Diddy” Combs viu sua fortuna cair de aproximadamente US$ 825 milhões em 2018 para US$ 400 milhões em 2025, após enfrentar uma série de acusações judiciais envolvendo conspiração para extorsão (racketeering), tráfico sexual e transporte com fins de prostituição.
Apesar de ter sido absolvido de três acusações, Diddy foi considerado culpado por dois crimes relacionados ao transporte para prostituição de sua ex-namorada Cassie Ventura e de uma testemunha sob pseudônimo de Jane. Com isso, ele pode pegar até vinte anos de prisão. No entanto, se tivesse sido condenado por todas as outras acusações, a pena poderia ser perpétua.
Porém, antes mesmo do fim do julgamento, o rapper já havia sofrido danos significativos em sua imagem e em seus negócios, desde que as acusações vieram à tona, em 2024.
Um exemplo disso é a parceria de longa data com a Diageo, responsável pelas marcas Cîroc Vodka e DeLeón Tequila, que foi encerrada após os escândalos. Somente essa colaboração rendeu ao produtor, desde 2007, US$ 1 bilhão.
Nos bastidores do julgamento, a movimentação financeira também revelou sinais de dificuldade. Combs colocou à venda ou se desfez de bens de luxo, como sua mansão em Los Angeles, nos Estados Unidos, e seu jato particular. Os valores arrecadados vêm sendo usados para cobrir custos milionários com advogados e acordos extrajudiciais, como o que realizou com Ventura, no valor de US$ 20 milhões.
Ao longo dos anos, o valor de mercado da gravadora oscilou significativamente. Quando estava no ápice, na década de 1990, valia aproximadamente US$ 100 milhões. Em 2005, 50% da empresa foi adquirida pela Warner Music Group, o que elevou o valor da Bad Boy Records para aproximadamente US$ 30 milhões, segundo a NBC News.
Além disso, estima-se que mais de cinquenta ações civis ainda estejam em andamento, o que pode implicar em novos custos e acordos nos próximos meses.
Apesar das recentes notícias sobre o veredito, a sentença final está prevista para sair em outubro de 2025, mas analistas indicam que a reconstrução da imagem e da fortuna de Diddy será lenta e incerta. Embora ele ainda mantenha os direitos sobre parte de seu catálogo musical e da Bad Boy Records, sua produtora de música, pode ser difícil monetizar sobre esses ativos enquanto sua imagem pública continuar negativa.