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Flávio Dino vê falha na atuação da PMDF para conter atos de vandalismo

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que a demora na resposta aos atos de vandalismo por parte de bolsonaristas, na última segunda-feira (12), em Brasília, contribuiu para a escalada dos fatos. “A mobilização só adquiriu o tamanho depois de algumas horas. Foi a lentidão na resposta que conduziu a uma situação que era fácil de ser controlada e demorou”, disse.

Ele, no entanto, evitou classificar a atuação da polícia do Distrito Federal como negligente. “Eu não posso classificar como negligência. O que eu posso afirmar é que infelizmente houve uma demora na atuação entre o início da ocorrência dos fatos e a ampliação da resposta com a proporcionalidade necessária”, classificou, em entrevista no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

O futuro ministro apontou que não houve mais nenhum ataque ou agressão registrados nas últimas horas e que haverá investigação e novas prisões, caso seja necessário. “Os inquéritos existem e vão continuar.”

O quebra-quebra na região central de Brasília deixou diversos veículos incendiados e um cenário de guerra nas proximidades da sede da Polícia Federal, atacada por bolsonaristas, que buscavam libertar o líder indígena José Acácio Serere Xavante, preso por determinação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes.

Segurança máxima

Flávio Dino aproveitou a coletiva para garantir que haverá plena segurança na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para a posse presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, em 1º de janeiro de 2023. De acordo com ele, além das forças policiais do Distrito Federal, a segurança deve contar com atuação da Polícia Federal e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), com quem a equipe de transição espera avançar nas discussões.

Dino afirmou crer que os atos de vandalismo registrados em Brasília na última segunda-feira, 12, foram casos isolados e que não vão se repetir. “Estamos conduzindo os preparativos relativos à posse para que haja aquilo que toda a sociedade deseja que é a certeza, a segurança, que a posse vai ocorrer com tranquilidade. Creio que o que aconteceu na segunda não se repetirá. Tivemos um quadro indesejável, mas foi isolado.”

Questionado sobre medidas em relação aos acampamentos de manifestantes em frente a quartéis, Dino afirmou que há um estudo que será conduzido pelo futuro ministro da Defesa, José Múcio. “Evidentemente, o ministro junto com as Forças Armadas vão tomar as providências previstas em lei, uma vez que temos uma situação atípica, uma situação nunca antes vista. Creio que isso depende do diálogo que será conduzido pelo ministro.”

Redação GPS

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