O **futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, classificou os acampamentos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), neste domingo de Natal (25), como “incubadoras de terroristas”**.
A declaração ocorreu após **uma bomba ser neutralizada pela Polícia Militar (PMDF), nas proximidades do Aeroporto de Brasília**, e um homem de 54 anos ter sido preso, acusado de ser o responsável pelo artefato.
“_Os graves acontecimentos de ontem em Brasília comprovam que os tais acampamentos ‘patriotas’ viraram incubadoras de terroristas. Medidas estão sendo tomadas e serão ampliadas, com a velocidade possível. O armamentismo gera outras degenerações. Superá-lo é uma prioridade_”.
Com o suspeito, de nome George Washington Oliveira Sousa, foram apreendidas várias armas e ainda mais explosivos. O homem detido é do Pará e está em Brasília para integrar o acampamento em frente ao QG do Exército, em apoio a Bolsonaro.
Dino diz que vai acionar a Procuradoria Geral da República (PGR) para ingressar no combate ao terrorismo.
“Irei propor que o Procurador Geral da República e o Conselho Nacional do Ministério Público constituam grupos especiais para combate ao terrorismo e ao armamentismo irresponsável. O Estado de Direito não é compatível com essas milícias políticas”, disse.
O futuro ministro agradeceu o trabalho da Polícia Civil, que prendeu o acusado, mas convocou órgãos federais para também ingressar na patrulha contra novos atos.
“_Reitero o reconhecimento à Polícia Civil do DF, que agiu com eficiência. Mas, ao mesmo tempo, lembro que há autoridades federais constituídas que também devem agir, à vista de crimes políticos. As investigações sobre o inaceitável terrorismo prosseguem. O delegado Andrei, futuro Diretor Geral da PF, tem feito o acompanhamento, em nome da equipe de transição. Não há pacto político possível e nem haverá anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores_”, continuou.
_Atualização:_
De acordo com a PCDF, objetivo do responsável pelo atentado era causar um “caos” em Brasília.
As **investigações apontam que o bolsonarista gastou R$ 170 mil em munições e artefatos com o objetivo de provocar um estado de sítio na capital federal**.
Neste domingo, o Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) Justiça do DF converteu em preventiva a prisão de George Washington Oliveira, responsável confesso por implantar explosivo próximo ao Aeroporto de Brasília.
Com isso, ele fica detido por tempo indeterminado e vai responder também por crime contra o Estado.