Esquenta para a maior premiação do cinema mundial! No próximo dia 15 de setembro, a Academia Brasileira de Cinema irá revelar qual será o filme brasileiro escolhido para representar o País no Oscar 2026, na categoria de Melhor Filme Internacional. Seis produções estão na corrida; saiba quais:
Baby, de Marcelo Caetano
Wellington sai de um centro de detenção juvenil e se vê sem rumo nas ruas de São Paulo, sem contato com seus pais e recursos para reconstruir sua vida. Durante uma visita a um cinema pornô, ele encontra Ronaldo, um homem mais velho, que ensina ao rapaz novas formas de sobrevivência. Gradualmente, o relacionamento dos dois se transforma em uma paixão conflituosa, oscilando entre exploração e proteção, ciúmes e cumplicidade.
O filme foi dirigido por Marcelo Caetano, protagonizado por João Pedro Mariano e estreou no Festival de Cannes 2024. A produção rendeu a Ricardo Teodoro o prêmio Rising Star Award, como melhor ator revelação.
Kasa Branca, de Luciano Vidigal
O filme conta a história de Dé (Big Jaum), um adolescente negro da periferia da Chatuba, no Rio de Janeiro, que precisa cuidar de sua doente avó, Dona Almerinda (Teca Pereira). Sem o apoio de uma família tradicional, ele assume essa responsabilidade e, com a ajuda de seus dois melhores amigos, Adrianim (Diego Francisco) e Martins (Ramon Francisco), luta para transformar os últimos dias da avó em momentos de alegria.
Dirigido por Luciano Vidigal, venceu diversos prêmios no Festival do Rio, Janela Internacional de Cinema do Recife, Mostra de Cinema de Gostoso e Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro.
Manas, de Marianna Brennand
Marcielle, de 13 anos, vive em uma comunidade ribeirinha na Ilha do Marajó com o pai, a mãe e três irmãos. Instigada pelas falas da mãe, ela cultua a imagem de Claudinha, sua irmã mais velha, que partiu para longe após “arrumar um homem bom” nas balsas que passam pela região. Conforme amadurece, ela vê suas idealizações ruírem e fica presa em ambientes abusivos. Ciente de que o futuro não lhe reserva muitas opções, ela decide confrontar a engrenagem violenta que rege sua comunidade.
Com direção de Marianna Brennand, o filme estreou durante o Festival de Veneza 2024, no qual Brennand foi laureada com a premiação Giornate Degli Autori. Com passagens por diversos festivais como o Festival do Rio, Veneza e a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o longa acumulou 20 prêmios em festivais.
O Agente Secreto, de Kleber de Mendonça Filho
Em 1977, Marcelo trabalha como professor especializado em tecnologia. Ele decide fugir de seu passado violento e misterioso se mudando de São Paulo para Recife com a intenção de recomeçar sua vida. Marcelo chega na capital pernambucana em plena semana do Carnaval e percebe que atraiu para si todo o caos do qual ele sempre quis fugir. Para piorar a situação, ele começa a ser espionado pelos vizinhos. Inesperadamente, a cidade que ele acreditou que o acolheria ficou longe de ser o seu refúgio.
O longa, dirigido por Kleber de Mendonça Filho, conquistou no Festival de Cannes 2025 os prêmios de Interpretação Masculina para Wagner Moura e Melhor Diretor para Kleber Mendonça Filho, além do Prêmio FIPRESCI da competição oficial e o Prix des Cinémas d’Art et Essai, concedido pela Associação Francesa de Cinemas de Arte (AFCAE).
O Último Azul, de Gabriel Mascaro
Em um Brasil à beira do distópico, o governo decreta que todos os idosos sejam transferidos para colônias habitacionais remotas, sob o pretexto de garantir uma velhice “digna”. Tereza (Denise Weinberg), uma mulher de 77 anos, é intimada a partir – um exílio compulsório que marca o fim da sua liberdade. Mas, antes de se render ao destino imposto, ela decide embarcar em uma última jornada pelos rios da Amazônia para realizar um antigo sonho: voar pelos céus.
O longa teve sua estreia mundial na Competição Oficial do Festival de Berlim de 2025, onde concorreu ao Urso de Ouro, prêmio máximo do evento, vencendo o Grande Prêmio do Júri.
Oeste Outra Vez, de Erico Rassi
No sertão de Goiás, homens brutos que não conseguem lidar com suas próprias fragilidades são constantemente abandonados pelas mulheres que amam. Tristes e amargurados, eles voltam-se violentamente uns contra os outros.
O filme estreou como parte da mostra competitiva do Festival de Gramado de 2024, quando ganhou o troféu Kikito de melhor filme, melhor fotografia e melhor ator coadjuvante para Rodger Rogério. A produção ainda participou da mostra Brasil na 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.