No primeiro dia do ano, enquanto muitos celebravam o Ano Novo, a Disney enfrentou uma reviravolta inesperada com o vencimento dos direitos autorais das primeiras versões de Mickey e Minnie nos Estados Unidos. Como resultado, um trailer perturbador de um filme de terror intitulado ‘Mickey’s Mouse Trap’ foi lançado, apresentando um assassino mascarado vestido como o icônico personagem da Disney.
Junto com o trailer, um novo jogo de terror inspirado no universo de Mickey foi disponibilizado, mostrando o adorado ratinho coberto de manchas de sangue, em uma reviravolta sombria e inusitada. O curta-metragem ‘Steamboat Willie’, lançado em 1928, entrou em domínio público nos EUA, abrindo as portas para cartunistas, romancistas e cineastas explorarem e reinterpretarem as primeiras versões dos personagens sem a necessidade de permissão ou custo.
No filme de terror, ‘Mickey’s Mouse Trap’, uma jovem protagonista e seus amigos se veem em uma festa surpresa de aniversário em um fliperama. Contudo, a celebração toma um rumo aterrorizante quando eles se deparam com um assassino empunhando uma faca, vestido como o rato mais famoso do mundo. Cenas violentas e assustadoras são prometidas no que parece ser um thriller de comédia de terror único.
Domínio público
A legislação de direitos autorais dos EUA estipula que os direitos dos personagens podem ser mantidos por 95 anos, e a Disney enfrentou a perda desses direitos diversas vezes no passado. Antecipava-se que Mickey e Minnie entrariam em domínio público em 1984, mas o Congresso estendeu o prazo em 20 anos. Uma segunda prorrogação ocorreu em 2004, dando à Disney mais duas décadas de controle sobre suas criações originais.
A perda dos direitos autorais, por fim, ocorreu em primeiro de janeiro de 2024, e o evento foi chamado de “profundamente simbólico” por especialistas. Apesar disso, é importante notar que a Disney ainda detém a marca registrada de Mickey como identificador de marca e mascote corporativo, impondo limitações ao uso público das imagens. O evento marca um novo capítulo na história da propriedade intelectual, abrindo portas para a reimaginação de personagens que por décadas foram intocáveis.