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Filme “Dançando no Silêncio” é coreografado por dançarina de Beyoncé

Longametragem estreia nesta quinta, 4, e está disponível em diversos cinemas da cidade. Narrativa fala sobre a superação por meio do sonho

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Distribuído pela Pandora Filmes, o longametragem “Dançando no Silêncio” estreia nesta quinta-feira, 4, nas telinhas do cinema. Dirigido pela franco-argelina Mounia Meddou, a narrativa conta a história de Houria, uma jovem que sonha ser bailarina, mas passa por uma agressão, que muda toda a sua perspectiva sobre o movimento, o som e a dança.

 

As coreografas do elenco são de Hajiba Fahmy, que já dançou com Beyoncé em diversos shows da cantora. E essa foi uma das partes mais desafiadoras do filme. A dançarina junto com o consultor de língua de sinais, Antoine Valette, e os compositores Yasmine Meddour e Maxence Dussere, contam que pelas coreografias serem parte central do filme, precisavam ser “poderosa e libertadora”

 

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“Gosto de filmar os meus personagens o mais próximo possível dos corpos, da pele, do movimento. Na encenação deste filme, questionei muito sobre como filmar a dança e que escolhas fazer. Quando você filma dança, você tem que aceitar perder alguma coisa. Para mim, era absolutamente necessário evitar a captura e privilegiar os corpos, os movimentos, uma expressão, um olhar. Muitas vezes, em filmes de dança, a coreografia é projetada para câmera ou recoreografada para encenação cinematográfica. A coreografia é, portanto, a matéria-prima, não o roteiro”, afirma Yasmine Meddour, que também assinou o roteiro.

 

O filme traz ainda uma importante discussão da inclusão de pessoas com deficiência auditiva, as quais, por diversas vezes, são tem acesso a áreas mais artísticas, como a própria dança. Por isso, o filme mostra que há superação no encontro entre o silêncio, o movimento e as diferentes formas de expressão por meio da dança.

 

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Outro ponto relevante é o aspecto cultural, que explora intencionalmente a sociedade argelina contemporânea, tema constante na filmografia de Meddour.

 

“Eu comecei no cinema fazendo documentário, por isso, eu gosto de tirar de dentro de mim memórias e experiências para transcrever em ficção no cinema. Após um acidente, com fratura dupla do tornozelo, vivi uma longa reabilitação que me imobilizou por um tempo. Eu queria contar sobre o isolamento, a solidão e deficiência. Mas, especialmente, a reconstrução”, diz a diretora.

 

Confira o trailer: