Brasília receberá, entre os dias 11 e 24 de agosto, a primeira edição brasileira do Festival Vulica Brasil, o maior encontro internacional de arte urbana já realizado na capital. Com obras espalhadas por prédios icônicos do Setor Comercial Sul (SCS) e do Setor de Diversões Sul (SDS/CONIC), o evento promete transformar o centro da cidade em uma verdadeira galeria a céu aberto.
A iniciativa marca o retorno do formato de festival promovido pelo coletivo Vulica após cinco edições realizadas entre 2014 e 2019 em Minsk, na Belarus, onde foram realizadas mais de 50 intervenções artísticas de grande porte.
A edição brasiliense terá como marca a maior participação feminina da história do Vulica. Entre os nomes internacionais confirmados estão JUMU (Alemanha/Peru), Ledania (Colômbia), Rowan Bathurst (EUA), além das brasileiras Hanna Lucatelli (SP) e Juliana Lama (DF). Cada uma delas traz linguagens visuais potentes e estilos únicos, reforçando a pluralidade da curadoria do festival.
Hanna Lucatelli, reconhecida por sua abordagem poética sobre o feminino, levará sua estética delicada aos muros do SCS. Já Juliana Lama, com raízes amazônicas, fará uma intervenção inspirada na fauna, flora e nos saberes ancestrais da floresta, utilizando a técnica do lambe-lambe.

Foto: Divulgação
JUMU, artista de origem peruano-boliviana radicada na Alemanha, apresentará um mural com sua assinatura gráfica marcante e uso vibrante de cores. Ledania, referência do grafite latino-americano, trará ao CONIC seus murais mágicos que mesclam natureza, criaturas oníricas e surrealismo. A americana Rowan Bathurst, por sua vez, explora os vínculos entre cidade, identidade e natureza em suas intervenções figurativas.
Lendas do Vulica e destaques brasileiros
Nomes consagrados do festival em Belarus também retornam para esta edição: L7Matrix e Zéh Palito, ambos de São Paulo. L7Matrix é conhecido por fundir grafite com artes clássicas, como no mural Quatuor Tempora, ainda exposto em Minsk desde 2016. Já Zéh Palito traz sua estética orgânica e espiritual, em diálogo com a natureza e a cultura afro-brasileira.
Outro destaque é o coletivo goiano Bicicleta Sem Freio, formado por Douglas de Castro e Renato Reno, que leva ao Conic suas obras psicodélicas e neotropicalistas, misturando cultura pop e surrealismo. Também integra o festival o artista brasiliense Toys Daniel, que apresenta murais oníricos inspirados em memórias, cartoons e folclore, com forte conexão afetiva com Brasília.
O grafite paulistano também está presente com Enivo, que desde os 12 anos realiza intervenções no Brasil e no mundo, combinando afrofuturismo, referências indígenas e crítica à era digital; e Rafael Sliks, mestre da caligrafia urbana e da abstração, cuja obra se destaca pela estética espiritual e alto impacto visual.

Foto: Divulgação
Ocupações e programação
As obras serão instaladas nas quadras 1 e 5 do SCS e nas fachadas internas do Conic. Já estão confirmadas intervenções de:
Zéh Palito e Hanna Lucatelli, no SCS
Enivo, Ledania, Bicicleta Sem Freio e L7Matrix, no Conic
Toys Daniel (FBT Norte) e JUMU (FBT Oeste), além de Rafael Sliks no Edifício Darcy (entre o Teatro Dulcina e o Venâncio III)
Além dos murais, a programação inclui oficinas, rodas de conversa, palestras com artistas, walking tours, live paintings e uma grande festa de encerramento no dia 24 de agosto, no SESI Lab. Para acompanhar a programação completa e bastidores da produção, o público pode seguir o perfil oficial do evento no Instagram.
Serviço
Quando: de 11 a 24 de agosto
Onde: quadras 1 e 5 do SCS e nas fachadas internas do Conic
Quanto: gratuito