Redação GPS Nos Emirados Árabes Unidos, estive em imersão cultural e de negócios que passou por Abu Dhabi, pela corrida no Bahrein e por dias de trabalho em Dubai. Lá, vi de perto como tradição e tecnologia convivem: nas salas de reunião, as decisões estratégicas eram tomadas por líderes vestidos com as roupas tradicionais da região, sempre começando os encontros com gestos culturais de acolhimento e respeito, mesmo em negociações voltadas à expansão global.
Em um ambiente de negócios conectado com o Brasil, ficou claro que o futuro passa por relações comerciais sólidas.
Conversei com empresários locais, visitei centros financeiros e polos de tecnologia. E o que ouvi se repetiu em diferentes contextos: há interesse pelo Brasil. O potencial é evidente, mas não basta esperar que as oportunidades cheguem. É preciso estar presente, propor, construir em conjunto.
Um exemplo concreto disso está no setor de alimentos. Empresas dos Emirados têm buscado fornecedores brasileiros que atendam aos requisitos de exportação para países islâmicos, com certificações específicas e regularidade na entrega. É uma demanda que já existe — e que pode crescer muito, se houver estrutura para dar conta da parte jurídica, logística e cultural envolvida. Para empresários brasileiros, esse tipo de ponte começa com informação e presença: visitar feiras internacionais, entender os padrões exigidos, adaptar processos.
As conexões feitas por lá mostram isso. Estamos abrindo caminhos. Mas ainda há espaço para crescer — em parceria, com estratégia e presença.
Como vice-presidente da Nelson Wilians, observo essas movimentações com uma lente prática. Não se trata de acompanhar um movimento global por idealismo. É estar onde as decisões são tomadas, onde as oportunidades surgem. E para isso, preparo técnico, jurídico e cultural importa.
Expandir negócios para fora do país exige estrutura. Desde a entrada em novos mercados até a atração de investidores estrangeiros, cada etapa pede atenção. Por isso, temos investido em oferecer apoio a empresários que querem dar esse passo com segurança.
A ponte entre Brasil e Emirados Árabes está lançada. Agora é hora de atravessar com clareza, estratégia e vontade de sair da zona de conforto.
*Por Fernando Cavalcanti – economista vice-presidente da NWAdvogados e CEO da NWGroup.
