GPS Brasília comscore

Fachin pede 33 anos de prisão para Fernando Collor em regime fechado

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (17) para condenar o ex-presidente Fernando Collor a 33 anos, dez meses e dez dias de prisão em regime inicial fechado em uma ação aberta a partir de investigações da Operação Lava Jato. Collor foi acusado de receber propinas da UTC Engenharia em contratos da BR Distribuidora. Ele nega as acusações.

 

O julgamento continua nesta quinta-feira (18).

 

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que, entre 2010 e 2014, quando era senador, Collor usou a influência política para nomear aliados a diretorias estratégicas da BR. O objetivo seria viabilizar o esquema de direcionamento de contratos em troca de ‘comissões’ supostamente pagas pela UTC.

 

Os contratos direcionados envolveriam obras nos terminais de distribuição de Duque de Caxias (RJ), Manaus (AM), Caracaraí (RR), Oriximiná (PA), Cruzeiro do Sul (AC) e Porto Nacional (TO). Como relator do processo, Fachin abriu os votos. A posição do ministro foi dura. Ele defendeu que ex-presidente tem uma longa carreira política, o que na avaliação de Fachin torna as acusações mais graves.

 

A transgressão da lei por parte de quem usualmente é depositário da confiança popular para o exercício do poder enseja juízo de reprovação muito mais intenso“, afirmou. Fachin considerou que há provas de que Collor exercia ‘controle’ sobre a BR Distribuidora. “Há um conjunto expressivo de provas“, disse.

 

O ministro enumerou e-mails, anotações apreendidas pela Polícia Federal na casa de Collor em Brasília, registros de entrada do então senador na sede da BR, comprovantes de depósito encontrados no escritório do doleiro Alberto Youssef, além das delações do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, e do dono da UTC Ricardo Pessoa.

 

Os conteúdos demonstram que ele (Collor) detinha informações detalhadas a respeito dos negócios firmados“, concluiu Fachin. O ex-ministro Pedro Paulo Bergamaschi e o operador Luís Pereira Duarte de Amorim também são réus no processo. Para eles, Fachin sugeriu penas de oito anos e um mês de prisão e 16 anos e dez meses de reclusão, respectivamente.

 

O ministro ainda defendeu que Collor, Bergamaschi e Amorim sejam condenados e devolver R$ 20 milhões – o equivalente ao dinheiro supostamente desviado. O ministro Alexandre de Moraes também votou para condená-los, mas não chegou a sugerir uma pena. Ele disse ver “elementos fortes e autônomos” dos crimes.

 

Houve uma formação de uma organização criminosa, inclusive com o doleiro Alberto Youssef, com o pagamentos por meio de sofisticado esquema de branqueamento“, afirmou.

 

 

Veja também

Advogado Criminalista, Thiago Félix explica por que a posição de …

Estudos internacionais estimam que entre 40% e 70% da variação …

GPS Brasília é um portal de notícias completo, com cobertura dos assuntos mais relevantes, reportagens especiais, entrevistas exclusivas e interação com a audiência e com uma atenção especial para os interesses de Brasília.

Edição 42

@2024 – Todos os direitos reservados.

Site por: Código 1 TI

GPS Brasília - Portal de Notícias do DF
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.