A CAIXA Cultural Brasília apresentará uma exposição individual do renomado artista visual catarinense Sérgio Adriano H. Intitulada ‘desCOLONIZAR CORpos’, a mostra é composta por 30 obras, que convidam os visitantes a refletirem sobre as histórias não contadas, apagadas e silenciadas das pessoas negras.
A exposição estará aberta ao público na CAIXA Cultural Brasília a partir de 17 de outubro e permanecerá em cartaz nas Galerias Piccola I e II até 17 de dezembro. A entrada é gratuita, permitindo a visitação de terça-feira a domingo, das 9h às 21h, com classificação indicativa livre para todas as idades. Além disso, no dia 18 de outubro, o artista conduzirá um encontro com o público a partir das 9h, oferecendo uma visita orientada às galerias, compartilhando sua trajetória e sua obra.
Ao se apropriar de livros, objetos e imagens em que o povo negro foi relegado a papéis secundários, Sérgio Adriano H subverte essas representações, conferindo-lhes um novo significado e uma narrativa de pertencimento e protagonismo antes negados.
A curadora Juliana Crispe destaca o poder da mostra. “Sérgio nos apresenta obras que tensionam as dualidades e contestam as barbaridades, mapeando palavras e imagens que permeiam o universo da discriminação, revelando os desacertos entre a história ocultada e a história oficial na sociedade brasileira”, diz.
Sujeito contemporâneo, Sérgio Adriano H, segundo a curadora, propõe mudanças estruturais, deslocando fronteiras entre classes, culturas, identidades, sexualidades, gêneros, etnias, raças e nacionalidades. “Ele desafia a solidez das fronteiras entre a multiplicidade dos corpos e nos convida a repensar nossa ancestralidade e ânsias, criando novas formas de narrar nossas próprias vidas,” descreve.
Através de sua obra, o artista e pesquisador questiona os ‘sistemas de verdade’ que muitas vezes servem aos interesses de poder, economia, religião ou grupos que perpetuam a desigualdade social. A coleção apresentada em ‘desCOLONIZAR CORpos’ expõe a complacência diante das estruturas que historicamente marginalizaram certos grupos de pessoas.