“_Enquanto aguarda um transplante de rim, uma jovem pianista sente uma conexão inesperada com seu médico e ganha coragem para realizar seus sonhos musicais._” Essa é a sinopse do filme _**Depois do Universo**_, sucesso na Netflix tanto no Brasil quanto no exterior. Protagonizado pela cantora carioca Giulia Be e pelo **ator brasiliense Henrique Zaga**, o longa já ficou no **Top 3 global** dos mais vistos da plataforma.
Natural de Brasília, mas residente em Los Angeles há dez anos, o artista já participou de diversas **produções internacionais** de sucesso, como a série _**13 Reasons Why**_, da Netflix, e o filme _**Os Novos Mutantes**_, da Marvel, em que atuou ao lado das estrelas Anya Taylor-Joy, Maisie Williams e Alice Braga. Zaga também contracenou com Whoopi Goldberg, J.K. Simons e Alexander Skarsgard na minissérie _**The Stand**_, da Paramount, e participou de produções como _XOXO_, _Trinkets_, _Looking for Alaska_ e _Teen Wolf_.
_**Depois do Universo**_ é o **primeiro trabalho brasileiro** de Henrique, que bateu um papo super especial com o **GPS** sobre o filme e sua carreira. Mas antes de ler a entrevista na íntegra, que tal ver o trailer da obra e se preparar para assistir neste final de semana? Ainda dá tempo! Ah, e **não se esqueça do lencinho**!
**GPS: Essa é a sua primeira produção brasileira, certo? Como está sendo a experiência?**
_Henrique: Minha primeira sim, mas com certeza não será a última. Foi um sonho realizado de infância, poder fazer um filme brasileiro que tivesse uma repercussão global e que enaltecesse o nosso nome lá fora. E tem sido maravilhoso participar dessa história._
**GPS: O filme _Depois do Universo_ é um romance daqueles que emociona e faz chorar, e é diferente de outros filmes e séries que você já participou, como _Os Novos Mutantes_ e _13 Reasons Why_. Quais foram os principais desafios que você enfrentou nesse projeto?**
_Henrique: Não uso a palavra desafio como um obstáculo, mas sim o esforço de interpretar acuradamente um médico. O Dr. Gabriel cuida não só de seus pacientes, mas do Yuri dentro e fora do hospital. Da Nina também, e tem uma certa habilidade nata pra exercer a profissão. Isso foi o que mais me chamou atenção no laboratório, não só o carisma dele, mas a naturalidade para o ofício._
**GPS: Conte um pouco sobre o seu personagem no filme _Depois do Universo_. Você se identifica com ele em algum aspecto?**
_Henrique: Ele é um médico, montanhista, ciclista, carismático que ama a vida e acredita que merecemos enxergar o lado bom dela, ou seja, ser do copo meio cheio. Imagino que temos semelhanças sim, mas digo pelos meus familiares que viram o filme e disseram que acharam o Gabriel bem “eu”, porém médico. O que me alegra muito._
**GPS: Como foi contracenar com a Giulia Be?**
_Henrique: A Giulia trouxe uma forma crua e verdadeira para os nossos ensaios, sem maus hábitos e com muita vontade de entregar a cena. O que me fez sentir completamente livre de ser o mais verdadeiro possível também. Essa nossa troca veio como uma surpresa muito positiva. E a nossa química foi muito real e instantânea. O que realmente da pra sentir agora, assistindo o filme._
**GPS: Você mora há bastante tempo no exterior, né? Como foi, depois de tanto tempo, atuar em uma produção falada totalmente em português? Você teve algum tipo de dificuldade?**
_Henrique: Não, pois eu cultivo o meu português. Eu não me considero um brasileiro “que foi embora”. Eu tenho uma base forte no Brasil, minha casa de ambas as famílias, materna e paterna, estão aí. Acho que isso me deixou com a raízes bem fixadas no Brasil, por mais que eu more em Los Angeles, ou no Canadá como agora, dependendo de onde estou gravando. A vida de ator tende a ser um pouco nômade para mim, e isso, graças a Deus, nunca tirou minha brasilidade._
**GPS: O mercado de novelas é muito forte no Brasil e um grande revelador de talentos. Você acompanha as novelas brasileiras? Aceitaria o convite para fazer uma?**
_Henrique: Acho que todo trabalho tem suas peculiaridades. Eu cresci assistindo muita novela como_ O Clone, Senhora do Destino, _entre outros programas dublados para o português, como_ Maria do Bairro e Chaves. _Não são projetos no horizonte por agora, mas vale a pena considerar cada oportunidade._
**GPS: Quais são suas inspirações na atuação? Artistas brasileiros, gringos, vale tudo! Como eles te influenciam?**
_Henrique: Wagner Moura e Rodrigo Santoro foram dois que me chamaram sempre a atenção, talvez pela carreira versátil de mudar tanto com suas caracterizações, como também a forte presença no audiovisual do Brasil e no mundo. Também me inspiro muito em Denzel Washington. Acho difícil encontrar um ator que todo mundo conhece, que se importa tanto em enaltecer o teatro e com papéis tão marcantes na carreira de cinema:_ Training Day, Malcolm X, A tragédia de Macbeth, _sem nunca ter feito nenhum episódio de televisão. Acho ele uma força irrefutável e um ator que trilhou um belíssimo caminho para muitos._
**GPS: Quando vem à cidade, o que mais gosta de fazer além de curtir a família?**
_Henrique: Gosto muito de correr pela cidade. Na Península, no Parque da Cidade e, às vezes, na própria quadra de casa. Sem contar os barzinhos das superquadras que, quando vou com os amigos, me transporta para os dias de ensino médio quando tudo ainda era um sonho._
**GPS: Próximo passo, próximo projeto, pode nos dar algum spoiler do que vem por aí?**
_Henrique: Meu próximo projeto no Brasil será um roteiro que eu escrevi, que será dirigido pelo Diego Freitas também. Por enquanto, esse é o spoiler que eu posso dar. Mas espero poder falar dele muito em breve com vocês._
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